Médicos cubanos desembarcaram no Brasil durante o governo de Dilma Rousseff (2010-2016). Foto: José Cruz/Arquivo Agência Brasil

Autoridades do governo de Cuba anunciaram que cerca de 8.000 profissionais que atuam no programa no programa Mais Médicos e que prestam serviços no Brasil retornarão antes do fim do ano. Representantes dos ministérios de Saúde Pública (Minsap) e do Transporte informaram na noite deste domingo (18/11) que há um plano para o regresso “ordenado e seguro” dos médicos, que começará no final da próxima semana e deve terminar em meados de dezembro.

No total, prestam serviço no Brasil 8.469 médicos, em 2.857 municípios.

Na última quinta-feira (15/11), um grupo de 196 médicos cubanos retornou ao país. A volta ocorre no momento em que o governo de Cuba anunciou o rompimento da parceria por não aceitar as exigências do presidente eleito Jair Bolsonaro, que questionou a sua preparação e condicionou a presença dos profissionais no Brasil à obrigatoriedade de eles se submeterem à revalidação do título.

O vice-ministro do Transporte, Eduardo Rodríguez, afirmou que os profissionais da área de saúde retornarão por via aérea até o aeroporto internacional José Martí, de Havana, e de lá serão levados para suas casas nas diferentes províncias.

Rodríguez acrescentou que os profissionais terão assegurado o envio de todos os seus pertences, tanto no caso da bagagem quanto de artigos que enviem por meio de entidades operadoras de carga cubana, por via aérea ou marítima. Quando chegarem a Havana, poderão ser retiradas no menor tempo e estarão livres de pagamento de tarifas.

Após o regresso ao país caribenho, os médicos terão o emprego garantido, assim como a possibilidade de prestar serviços em outras nações onde Cuba tem profissionais da saúde, explicou o diretor da Unidade Central de Cooperação Médica do Minsap, Jorge Delgado Bustillo.

Nota publicada na Agência Cubana de Notícias diz que os voluntários “continuarão dando assistência à população brasileira”.

A participação dos médicos cubanos no projeto Mais Médicos começou em 2013, no mandato da então presidente Dilma Rousseff, com o objetivo de garantir o atendimento de saúde a comunidades desfavorecidas em favelas e regiões pobres.

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