Mariana Sodré Gualberto Com o filho Luís Guilherme. Foto: acervo pessoal

Silvia Sodré Gualberto não sabe mais a quem recorrer na Prefeitura de Boa Vista para que o corpo do seu neto Luis Guilherme, 2 anos, que está no Hospital da Criança Santo Antonio, seja liberado. Ela contou à equipe do Roraima 1, que a única resposta que obteve do Poder Executivo municipal é que terá que esperar a chegada de um médico, que está de férias nos Estados Unidos, único profissional da unidade de saúde responsável por realizar o exame de angioressonância, que comprova a morte encefálica do garoto.

Criança deu entrada no Hospital da Criança Santo Antonio com o quadro de meningite bacteriana. Foto: Roraima1

Silvia relatou que a criança deu entrada no dia 24 de outubro deste ano, com o quadro de meningite bacteriana, mas com o agravamento do problema, Luis Guilherme precisou ir para a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). “Ele chegou a sair da UTI e continuou em observação lá no Santo Antonio. Mas no dia 11 deste mês ele teve uma parada cardiorrespiratória e retornou à UTI, entrando em coma”, contou.

No dia 12, a avó da criança disse que foi visitar o neto e foi informada por uma médica que o problema d e Luis Guilherme evoluiu, sendo que foi preciso fazer o protocolo de morte encefálica. “Ela pediu para reunir a família para dar a notícia e assim fizemos”, ressaltou Silvia, ao contar que o pior momento, além da morte do neto, foi quando ficou sabendo que não poderia fazer o velório da criança, porque o único médico que faz o exame de angioressonância está de férias fora do Brasil.

“Precisamos só desse exame para que o corpo do meu neto seja liberado, para que possamos fazer o velório dele. A Secretaria Municipal de Saúde disse que para esse tipo de procedimento, que é o exame de angioressonância, teremos que esperar o médico chegar a Boa Vista no final do ano. Estamos sofrendo muito com essa situação e não sabemos a quem mais recorrer. Só queremos fazer o velório dele”, ressaltou Silvia.

Prefeitura de Boa Vista – Sobre o caso do garoto Luiz Guilherme, a direção do Hospital da Criança informou que uma equipe médica está acompanhando de perto o caso e dando toda a assistência necessária e as explicações à família. Reitera que os exames necessários para o fechamento do protocolo em questão estão sendo providenciados. A Secretaria Municipal de Saúde informou que, não tendo sido declarada a morte cerebral do paciente, é preciso seguir um protocolo médico antes de qualquer decisão. É o que determina a lei. Nem mesmo a família tem amparo legal ou autonomia para decidir sobre o desligamento de aparelhos.

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