O presidente da Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer), James Serrador, divulgou nesta sexta-feira (28), em uma coletiva de imprensa, que a empresa tem um prejuízo acumulado de R$ 400 milhões. Diante ao endividamento, a companhia anunciou medidas.
Dentre as medidas, a Caerr deve iniciar a instalação de hidrômetros, como também 50 mil novas ligações de esgoto, redução das perdas e corte efetivo dos consumidores em atraso, além de redução de horas extras, implementação de dois horários de trabalho, revisão dos adicionais e do acordo coletivo de trabalho.
“Estas medidas já estão sendo analisadas por técnicos preparados, tudo já está sendo auditado. Temos atualmente, 689 funcionários, entre efetivos, comissionados, estagiários, aprendiz, da União e do Estado. Precisamos enxugar a folha, que chega a um montante de 4,3 milhões. Os cortes serão necessários para equilibramos o custo mensal”, afirmou o presidente.
Campanha de negociação de débitos
Serrador anunciou também o início da campanha de negociação de débitos, em janeiro próximo. Em um universo de 92.999 usuários na Capital e 21.947 no interior, a Companhia acumula dívidas exorbitantes.
Atualmente, o débito dos consumidores públicos e privados ultrapassa os R$ 149 milhões, abrangendo as categorias, residencial, comercial, industrial e pública. Só a dívida da categoria residencial, em Boa Vista, chega a R$ 68 milhões. No interior, esse número supera os R$ 31 milhões.
Caer descarta aumento de tarifa
Na coletiva, Serrador foi enfático quanto ao aumento da tarifa. “Está descartada essa possibilidade no momento. Precisamos eliminar as perdas, intensificar a diferença do que faturamos e arrecadamos. Temos um estudo nesse sentido, mas precisamos primeiro fazer nosso dever de casa, eliminando ao máximo nossas perdas”, disse.
Segundo ele, a evasão de receita da Caerr chega a R$ 26,4 milhões, que é a diferença do faturamento e arrecadação.
As dívidas com os fornecedores diretos também preocupam a nova gestão. “São quase R$ 11 milhões em débitos e precisamos honrar nossos compromissos, mas faremos uma auditoria em todos os nossos processos para ficarmos a par de toda situação”, disse Serrador, ao acrescentar que é interesse da Caerr que todos paguem os débitos que têm com a empresa
Segundo ele, só as prefeituras devem mais de R$ 5 milhões. O Governo do Estado tem dívidas acumuladas em R$ 35 milhões. “Vamos cobrar essas dívidas e ajuizaremos ações, caso sejam necessárias”, argumentou.
