Foto: Acervo pessoal

O ex-deputado federal e empresário, Luciano Castro (PR), falou na manhã deste sábado (12), em um programa de rádio local, sobre o projeto “Zona Azul”, anunciado esta semana pela prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB). Para Castro, o momento é inoportuno para implantar mais uma cobrança à população roraimense.

“Isso dói no bolso de qualquer um. Os comerciantes acham que isso vai prejudicar o fluxo e as vendas no Centro da cidade porque o povo vai procurar lojas onde o estacionamento não seja cobrado. Quantas pessoas estacionam fora do shopping? Aí você vai ter que pagar para deixa o carro no meio da rua, que não tem segurança de nada?”, destacou.

O ex-deputado ainda falou sobre o período de concessão liberado pela prefeitura para a empresa que vai administrar o sistema de estacionamento rotativo. Para ele, 15 anos é tempo demais.

“Nós estamos fazendo um contato de 15 anos pra quem? Quem é essa empresa? Qual foi o mérito da concorrência? O que que ela vai fazer em troca para o município? Eu nunca vi uma concessão de exploração tão longa, somente a exploração de petróleo na Bacia de Campos”, disse.

Linoberg Almeida (Rede) fez emendas ao projeto original. Foto: Ascom/CMBV

Aprovação sem Audiência Pública

A Câmara Municipal de Boa Vista aprovou, ainda em 2017, a permissão para que o sistema Zona Azul fosse adotado na capital. O vereador Linoberg Almeida (Rede) disse que fez emendas ao projeto original, mas foi voto vencido.

“Não sou contra a Zona Azul, porque acredito que áreas comerciais como a Jaime Brasil precisem de rotatividade de estacionamento, mas discordo da forma como ela está sendo aplicada. Não houve audiência pública, e, mais uma vez, as coisas na Câmara foram enfiadas goela abaixo. Propus que a concessão fosse de 5 anos, para que pudéssemos avaliar o desempenho do sistema, mas, os demais vereadores não acompanharam”, disse.

Transparência – Tanto o vereador quanto o ex-deputado concordam que a prefeitura de Boa Vista precisa ser transparente. “A Câmara Municipal e os cidadãos precisam acompanhar de perto adoção do sistema para que ninguém saia perdendo”, disse o vereador.

Sem retorno – Ignorando a lei da transparência pública e o livre acesso à informação, a prefeitura de Boa Vista não se manifestou sobre o assunto.

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