Emilio González falou sobre os problemas da fronteira. Foto: SupCom ALE-RR

A sessão plenária desta terça-feira (26) foi marcada pelo pronunciamento do prefeito de Gran Sabana, na Venezuela, Emilio González. A convite dos deputados estaduais roraimenses, González denunciou os casos de violência e perseguição política vividos nas cidades fronteiriças nos últimos dias. 

“Atiraram em um povo desarmado que simplesmente saiu às ruas de Santa Elena, pedindo o direito a saúde e a segurança e foram atingidos por armamentos de guerra. Minha gente não merece isso. Tudo por um simples capricho desse governo”, disse. 

González finalizou o pronunciamento com os números recentes dos confrontos na fronteira. “Já são 25 mortos e mais de 80 feridos. Estamos sitiados por mais de 3 mil homens armados. Eu sou um perseguido não somente político, mas eles estão me procurando para me matar. Estamos em estado de emergência máxima. Eu quero pedir ajuda ao mundo, para que possamos resolver essa situação”, finalizou. 

O presidente da Casa, deputado Jalser Renier (SD), fez mais um apelo público ao Governo Federal brasileiro. “Nós temos a consciência de que o povo venezuelano sofre. O Brasil tem por dever de ofício resolver esse problema. Precisamos nos unir para que o povo brasileiro não seja penalizado diante de um quadro tão difícil nos aspectos econômico e social. Somente Roraima passa por esse tipo de necessidade institucional, por isso eu peço que o comando geral da república reaja”, destacou Renier. 

Pacaraima 

O prefeito de Pacaraima – RR, Juliano Torquato (PRB), também cobrou uma postura mais firme do governo federal. “Vocês conhecem a minha dificuldade. Um município de 12 mil habitantes precisando lidar com a crise de 30 milhões de habitantes da Venezuela. O Governo Federal faz uma operação ‘Acolhida’ achando que isso é o suficiente. O tempo está passando e a população está prejudicada. Precisamos de providências sérias”, disse. 

Crise fronteiriça 

Desde a última quinta-feira (21), o presidente Venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou o fechamento da fronteira com o Brasil, iniciando uma série de confrontos entre os militares e os civis nas regiões de fronteira. 

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