Crianças dependem do transporte escolar para chegar na escola da região. Foto: Arquivo pessoal

Mães de alunos foram flagradas empurrando uma kombi escolar em uma estrada na comunidade indígena do Jabuti, no município de Bonfim. A cena foi registrada por moradores da região, na segunda-feira (18), e enviadas ao Roraima 1.

O ano letivo começou no último dia 11 de março, mas em uma semana casos como este são registrados diariamente, segundo relatos dos moradores.

O transporte, que leva crianças entre 4 e 9 anos para uma escola municipal localizada a 15 km da sede da comunidade indígena, estava com problemas na bateria e sem dar a partida. Uma das mães que empurrou o veículo disse que apesar da ‘ajuda’, o transporte não funcionou.

O morador e pai de aluno, Elmo Gutierre, afirmou que as crianças também empurram os veículos para conseguir chegar na escola. “No ano passado as crianças perderam muitos dias de aula porque não tinha transporte escolar. Nesse ano chegaram uma kombi e um micro-ônibus, mas todos estão engatilhados”, relatou.

Gutierre contou que procurou a Secretaria de Educação do Município para relatar o caso, mas que não foi atendido.

O que a prefeitura diz
Em nota na tarde desta quarta-feira, a Secretaria de Educação e Desportos de Bonfim informou que devido ao problema ocorrido no veículo que faz o transporte escolar das crianças da Comunidade do Jabuti, a empresa foi notificada.

“A pasta esclarece ainda que a bateria do veículo descarregou, sendo leviana a denúncia de constante pane. Cabe a empresa oferecer um serviço de qualidade, podendo ser multada e o contrato rescindido caso não cumpra o serviço na sua plenitude”, disse a nota.

O secretário de Educação Mozart Monte Farias informou, por meio do documento, que tão logo teve conhecimento do caso, adotou todas as medidas necessárias para que o responsável pela empresa contratada solucionasse o problema e garantisse a continuidade do serviço.

Segundo ele, os veículos passam por vistoria e, embora o problema não tenha sido identificado, a empresa fica totalmente responsável e obrigada a substituir o veículo para não prejudicar os alunos.

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