Foto: Secom RR

O governador Antonio Denarium, acompanhado pelo senador Mecias de Jesus e o deputado federal Hiran Gonçalves e secretários estaduais, se reuniu com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em Brasília, para o alinhamento dos trabalhos do Linhão de Tucuruí. A previsão do pleno funcionamento do Linhão de Tucuruí em todo o Estado é 2021.

O ministro falou que deseja ir a Roraima, com outros ministros, no dia 11 de abril, para apresentar as prioridades que dizem respeito ao Estado, em especial, no tocante à segurança energética.

Ele ressaltou que não é aceitável que um Estado esteja fora do Sistema Interligado Nacional [SIN] e reafirmou que não se pode mais conviver com termelétricas ativas.

Albuquerque lembrou que todos os brasileiros pagam a conta de Roraima e por isso é necessária a imediata integração ao Sistema.

“Foi um diálogo proveitoso. O ministro [Bento] reconhece a importância do Linhão de Tucuruí para Roraima e, com esse entendimento, a obra ficará pronta em 2021. Só assim Roraima vai passar a ter energia elétrica confiável”, ressaltou Denarium.

INTERESSE NACIONAL – A primeira publicação do ano do Conselho de Defesa Nacional, no Diário Oficial da União, reconheceu a obra do Linhão de Tucuruí como de interesse nacional.

“Nos próximos meses estaremos anunciando o início das obras. Isso representa mais uma vitória de Roraima pela defesa nacional e também pela segurança energética”, disse Denarium.

Roraima é o único Estado Brasileiro que ainda não está interligado ao Sistema Interligado Nacional e depende da energia produzida pela hidrelétrica de Guri – que está entre as 10 maiores do mundo e localizada no rio Caroni, na Venezuela.

Dez dos 15 municípios roraimenses são abastecidos pela energia venezuelana desde 2001. Com a crise política e econômica que o país vizinho enfrenta, todo o Estado está sendo abastecido pelas termelétricas. A demanda atual de energia elétrica no Estado é de 189,1 MW. Cerca de 50% é suprida pela geração venezuelana, que tem capacidade para 95 MW.

A OBRA – Em 2011, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) licitou a obra do Linhão de Tucuruí. O consórcio TransNorte, formado pelas empresas Alupar e Eletronorte, investiu R$ 300 milhões na obra, que deveria ter sido entregue em dezembro de 2015, mas sequer começaram.

O Linhão de Tucuruí cruzará 125 quilômetros de território indígena Waimiri-Atroari e as empresas não têm autorização para entrar. Em dezembro de 2015, prazo que a obra deveria ter sido entregue, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) emitiu a Licença Prévia, mas logo veio a cobrança de Licença de Instalação.

Enquanto a situação do Linhão de Tucurí não se resolve na Justiça, com a liberação da licença ambiental, o Ministério de Minas e Energia disponibilizou consulta pública para a realização de leilão para o suprimento de energia fotovoltaica (captação solar) e eólica (vento /moinhos) visando acabar com os transtornos causados pela constante falta de energia em Roraima.

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