Rio Maú, fronteira entre Brasil/Guiana. No lado mais distante da imagem, a residência onde os crimes teriam sido cometidos. Foto: divulgação PF

A Polícia Federal participou da deportação de brasileiro que se encontrava foragido na Guiana. O homem teve a prisão preventiva decretada pela Vara Criminal de Bonfim/RR, após representação do Ministério Público Estadual, e é suspeito de ter cometido um homicídio duplamente qualificado, além de outras três tentativas. Todos os crimes teriam sido cometidos contra mulheres de uma mesma família, conforme aponta investigação da Polícia Civil do estado de Roraima.

Não aceitando o fim de um relacionamento, o homem teria esfaqueado sua ex companheira, de 18 anos de idade, no peito e matado sua ex-sogra de 35 anos, grávida de 6 meses. O bebê também não sobreviveu. Ele ainda teria tentado matar as irmãs da ex companheira, de apenas 11 e 14 anos, acertando esta com uma facada na barriga.

A ação teria ocorrido na Guiana, a poucos metros do lado brasileiro da fronteira, onde fica o município de Normandia/RR. Em razão do falecimento da vítima no Brasil e da constatação que a jovem de 18 anos sofria com agressões constantes do suspeito, o crime foi investigado pela Polícia Civil de Roraima. O inquérito policial indicou que o crime teria sido premeditado.

Após o deferimento da representação do Ministério Público Estadual pela prisão preventiva do suspeito, o Oficialato de Ligação da Polícia Federal na Guiana, juntamente com o Vice-Consulado do Brasil em Lethem, articulou com as autoridades locais para que ocorresse a deportação do suspeito para ser julgado no Brasil.

O pedido da Polícia Federal à Autoridade guianense pela medida continha todas as informações do caso, que foram repassadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual ao Oficialato de Ligação da PF na Guiana.

O homem chegou ao Brasil no final da tarde desta quinta-feira (20) onde foi recebido pela PF. Após o procedimento migratório posto da Polícia Federal em Bonfim/RR ele foi entregue à Polícia Civil, de onde seguiu para a Penitenciária Agrícola Monte Cristo, em Boa Vista/RR.

O suspeito já foi condenado em 1ª instância em outro processo, no ano de 2017, à 20 anos de reclusão por estupro de vulnerável e respondia em liberdade.

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