Barracas da Feira do Garimpeiro ficaram dentro da lama neste fim de semana
Vendedores e consumidores tiveram que pôr os pés na lama neste domingo, na Avenida Ataíde Teive

Tornou-se um tormento para trabalhadores e consumidores ir à Feira do Garimpeiro aos domingos, durante este período de chuva. Trata-se de uma das mais tradicionais feiras-livres da Capital, montada no meio de uma das principais avenidas da cidade, a Avenida Ataíde Teive, responsável por desafogar o grande fluxo dos bairros da zona Oeste ao Centro. São milhares de pessoas de todos os lugares que se dirigem para lá em busca de preços mais baixos.

Como a Prefeitura de Boa Vista não se preocupa em proporcionar a estrutura básica, principalmente calçamento e drenagem de águas pluviais de qualidade, muito menos asfaltamento digno, a feira acaba ficando no meio de um rio de lama quando chove. Muita barracas são literalmente montadas dentro da lama, já que a disputa por um lugar é muito grande, obrigando os vendedores a se sujeitarem a uma água contaminada e que acaba recebendo mais sujeira no dia de feira.

Sem outra opção, muitos compradores também acabam pondo os pés na lama, já que não há outra alternativa, se quiser buscar um preço melhor naquela feira que só funciona na manhã de domingo, ocupando uma grande extensão de faixa da avenida no centro comercial entre os bairros Asa Branca e Tancredo Neves. Ali forma-se um “comércio formiga” que beneficia todos os empresários ali estabelecido.

Rápida para cobrar impostos e arrancar ambulantes em via pública, a Prefeitura de Boa Vista não tem a mesma pressa para garantir estrutura àqueles feirantes que se instalam na Feira do Produtor há anos, espontaneamente. É como se respeitasse os impostos pagos pelos lojistas ali estabelecidos e as taxas pagas por ambulantes, submetendo o contribuinte a um tormento semanal, neste período de inverno.

Foi iniciada uma obra de calçamento e microdrenagem naquele trecho da avenida, mas as obras caminharam a passos de tartaruga e tiveram que parar por causa das chuvas, impondo mais transtornos a todos. Muitas vezes, quando se trata de obras públicas, atrasar a conclusão significa a possibilidade de conseguir mais aditivos aos contratos, ou seja, mais dinheiro para arrancar dos cofres públicos.

Já que os vereadores estão em festa, com o retorno de um de seus membros que estava preso, então que observem a situação da Feira do Produtor. Ali merece uma atenção especial por parte dos órgãos fiscalizadores, já que a Prefeitura faz corpo mole para resolver os problemas na pressa que a população merece, tanto os milhares de consumidores quanto centenas de feirantes e empresários que ali atuam.

*Colunista, idealizador do site www.roraimadefato.com.br

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