Não há mais espaço sequer nos corredores da maternidade pública de Roraima

Há tempos que os médicos obstetras do Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth trabalham angustiado, mas hoje a situação chegou ao desespero, pois não há mais leitos para acolher as mães e os corredores estão superlotados, como se fosse um campo de concentração. Os profissionais não sabem mais o que fazer e o Governo do Estado não dá uma posição nem orientação sobre o que fazer.

Fotos tiradas nos corredores da Ala das Orquídeas, na manhã de hoje, mostram o cenário que caos a que chegou a única maternidade pública. Nem as denúncias feitas pela imprensa sensibilizaram o governo a tomar alguma providência para enfrentar esse grave problema com superlotação, infecção hospitalar e precárias condições de trabalho dos profissionais. Crianças estão morrendo, mas nenhuma autoridade até agora tomou alguma providência.

Todas as atenções do governador Antonio Denarium (PSL) estão voltadas para as festas dos grandes produtores do agronegócio e não há espaço na agenda dele para discutir a situação não só da maternidade, mas de todas as unidades hospitalares. A maternidade vive a situação mais crítica ao nível do que ocorreu em 1996, quando ocorreram as mortes de bebês no berçário por infecção hospitalar.

Novamente os médicos clamam por socorro por parte dos órgãos fiscalizadores, em especial o Ministério Público, já que o Governo do Estado não se moveu para enfrenta a crítica situação. Vidas de centenas de bebês e mães estão jogo, mas parece que os administradores públicos não estão preocupados com isso. Se não houver uma intervenção imediada na situação da maternidade, uma tragédia de grandes proporções pode ocorrer, a exemplo do que ocorreu há 23 anos.

*Colunista

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