Polícia Civil iniciou investigação há dois meses. Foto: Divulgação/Polícia Civil

Três servidores públicos da Saúde estadual foram presos, nesta quinta-feira (19), em operação da Polícia Civil contra desvio de medicamentos do Hospital Geral de Roraima (HGR). Os suspeitos subtraíam anestésicos da farmácia da unidade e vendiam do lado de fora.

No total, a operação Pharmakon cumpriu nove mandados, sendo seis de busca e apreensão e três de prisão temporária. A Operação foi batizada com esse nome, que no grego significa veneno ou remédio, “aquilo que tem o poder de transladar as impurezas”.

Foram presos o auxiliar de serviços de saúde F.G.M.S., a auxiliar de enfermagem M.A.S.F., e o técnico em enfermagem E.S.S. A Polícia Civil informou apenas as iniciais dos suspeitos.

Investigação
Há aproximadamente dois meses, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Administração (DRCAP) investiga um esquema de desvio de medicamentos de elevado potencial anestésico, ocorrido nas dependências do maior hospital público do Estado.

As investigações iniciaram após o atendimento de um acidente de trânsito envolvendo uma servidora da área da saúde no final do mês de julho. No veículo dela foram apreendidos medicamentos proscritos.

No dia seguinte a esse fato, foi registrada outra situação com a mesma servidora, desta vez na casa dela, em que também foram encontrados mais medicamentos.

A própria Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) foi quem registrou Boletim de Ocorrência na DRCAP, relatando o sumiço de medicamentos e solicitando investigação.

De acordo com informações prestadas pelo presidente do inquérito que apura o caso, delegado de Polícia Civil João Evangelista, as investigações apontam que os medicamentos eram subtraídos do interior do HGR e vendidos a terceiros.

Foi constatada inicialmente a participação de três servidores, sendo que um deles trabalhava no Trauma e outro no Centro Cirúrgico do Hospital.

Alguns funcionários da Saúde prestaram esclarecimentos na DRCAP e durante a operação, para cumprir os mandados judiciais, medicamentos de uso interno do hospital foram encontrados em poder de um dos alvos da investigação, que foi preso em flagrante por tráfico de drogas, uma vez que o medicamento é classificado como droga psicotrópica. Esse funcionário foi autuado em flagrante e encaminhado para Audiência de Custódia. Os outros dois com mandados de prisão decretados foram encaminhados ao Sistema Prisional.

O delegado João Evangelista destacou que com a operação realizada hoje, foi possível entender como os suspeitos agiam para a prática do crime. O trabalho terá continuidade e poderá apontar outros envolvidos.

Foram apreendidos documentos e telefones celulares dos suspeitos. Todos eles serão submetidos à perícia para análise dos documentos e dos dados a serem extraídos dos telefones.

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