Prefeita Teresa ilude professores com aumento de GID ao negar reajuste no salário base da categoria

 

A prefeita Teresa Surita (MDB) historicamente nunca gostou de servidores estatutários e concursados (e por isso não os valoriza), os quais são tratados na chibata e no açoite. Afinal, todo o aparato que a cerca é formado por servidores comissionados, da base base política a assessores, além daqueles que são escalados ou obrigados a enaltecê-la nas redes sociais. Todos sob pressão diária com medo de demissão no primeiro vacilo.

É dentro desse contexto que a prefeita ficou comemorando o aumento salarial de gestores e professores municipais: R$200,00 de aumento na Gratificação de Incentivo à Docência (GID) e R$600,00 para os gestores. Em seu autoelogio nas redes sociais, são destacados três aumentos no valor da GID como um grande feito. Porém, a realidade dos fatos é outra.

Na verdade, aumentar o valor da GID significa fazer uma manobra para não conceder reajuste no salário base, o que significa perda de valores no 13o salário, férias, progressões e Previdência Social. Representantes da categoria dos professores reclamam da maquiagem feito pela prefeita, que com esta firula nega um aumento salarial efetivo, que é um direito legítimo dos servidores.

No mesmo instante em que maquia a realidade e nega direitos legítimos de servidores, a Prefeitura de Boa Vista se prepara para licitar a compra de cestas básicas que irão ser distribuídas para pessoas de baixa renda, no apagar das luzes de sua administração. Isso na esteira da insatisfação do povo com o governo sonolento de Antonio Denarium (PSL), que extinguiu o Crédito do Povo e anunciou a criação de um novo programa social a partir de um corte imediato de de 14 mil pessoas! Tudo sendo arrumado para 2020.

Enquanto Teresa faz comemoração em suas redes sociais, nas escolas faltam professores, cuidadores e arte educadores para garantir um ensino de qualidade. Também há obras de construção de creches pró-infância que foram abandonadas ou que sequer começaram a ser construída, apesar de a obra licitada e de ter chegado recurso federal, a exemplo da obra fantasma no bairro Caimbé.

A prefeita mandou concluir a obra de três creches que estavam abandonadas no bairro onde ela mora, o Cidade Satélite, para que ela pudesse continuar posando de embaixadora da primeira infância. Mas isso não a livra da irresponsabilidade de ter abandonado ao menos seis obras de creches na Capital, desde 2003, as quais estão sendo concluídas com mais gastos que deveria estar sendo direcionados para construir novas creches.

É assim que Teresa escamoteia a realidade de sua administração. Também no apagar das luzes, depois de torrar muita grana pública com propagandas há quase 20 anos, sua base aliada na Câmara de Vereadores aprovou um projeto de lei que estipula em 0,7% da receita líquida corrente os gastos com propaganda e publicidade pelo Município. Com certeza a prefeita irá sancioná-la, pois a lei só começará a valer a partir de 2021, ou seja, quando o novo prefeito ou prefeita assumir.

Mais um truque para a plateia. Os professores, informados que são por dever de ofício, sabem de tudo isso. Engolem se quiserem… ou se já estiverem iludidos com o ilusionismo político de quase duas décadas no poder…

*Colunista

 

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