Malévola 2. Foto: reprodução

Em sua tentativa de ressignificar seus clássicos para o público contemporâneo, a Disney fez um inesperado sucesso de bilheteria em 2014: Malévola. Cinco anos depois, Angelina Jolie reprisa o papel da vilã de A Bela Adormecida alçada a protagonista na sequência Malévola: Dona do Mal, que chega nesta quinta-feira (17) aos cinemas de Roraima. Assista ao trailer abaixo.

No filme, Malévola e sua afilhada Aurora começam a questionar os complexos laços familiares que as prendem à medida que são puxadas em direções diferentes por casamentos, aliados inesperados e novas forças sombrias em jogo. A principal força antagonista do filme é a revolta de Malévola com o casamento arranjado de Aurora, arquitetado por sua mãe biológica, interpretada por Michelle Pfeiffer.

O primeiro filme não foi bem visto pela crítica (exceto pelos elogios à atuação de Angelina Jolie, bastante confortável na pele da personagem), conquistando uma pontuação de apenas 53% de aprovação. No entanto, o sucesso da bilheteria, superando os U$ 750 milhões, mostrou à Disney que seria possível investir em uma sequência.

A principal mudança no universo apresentado pelo primeiro filme era mostrar uma versão dos fatos sob a perspectiva de Malévola, a grande vilã de A Bela Adormecida. Embora realmente tenha lançado uma maldição na filha do rei Stefan, isso teria origem em uma traição do governante, na época em que era um mero camponês ambicioso.

Agora, no segundo filme, ela flerta um pouco mais com os moldes da vilania vista na animação que deu origem aos novos filmes, ainda que haja justificativas no roteiro para seu comportamento. Depois dos acontecimentos de Malévola, ela e Aurora agora constituem uma família,  acompanhadas do fiel escudeiro e corvo Diaval.

Tudo parece prosperar e a magia vive em harmonia com o mundo dos humanos. No entanto, a natureza de Malévola não lhe permite desfrutar deste tempo, ao se ver obcecada com o sentimento de maternidade que nutre por Aurora.

Prestes a se casar com o  príncipe Phillip, Aurora terá que lidar com o sentimento de possessividade de Malévola, que não suporta a ideia de perder sua princesa para uma nova família.

A rainha Ingrith, que se mostra maternal demais para o gosto de Malévola, é a responsável pelo início da revolta da vilã, que precisará batalhar novamente para reaver o  da Disney, que se mete em um grande desentendimento com sua pupila e, a partir disso, se vê obrigada a lutar novamente pelo amor de Aurora.

No entanto, os críticos não estão satisfeitos com as escolhas narrativas do roteiro assinado por Linda Woolverton, Micah Fitzerman-Blue e Noah Harpster. “Em vez de um relacionamento maternal, há a dispensável disputa entre a posse e a atenção de uma mãe por sua filha. (…) Malévola: Dona do Mal sofre de três atos trôpegos, com cenas de ação espaçadas para oferecer um vislumbre de magia.

Por sua vez, a natureza de Malévola transforma a personagem em uma tentativa irritante de discernimento entre raças, como uma metáfora da separação entre a monarquia branca e os selvagens de cores diferentes. Talvez ambicionando nuances de lutas sociais”, analisa Denis Klimiuc, do Cinema com Rapadura.

O espetáculo visual e a aprovação do primeiro filme, no entanto, devem garantir uma bilheteria sólida à nova investida da Disney e também serve de aquecimento para Angelina Jolie, que deve aparecer em Os Eternos, novo projeto da Marvel Studios.

Trailer

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