Foto: arquivo

Durante a sessão ordinária desta terça-feira (12) na Assembleia Legislativa de Roraima, os deputados estaduais discursaram sobre os problemas da saúde pública no estado.

Em seu pronunciamento, Nilton Sindpol (Patri) listou problemas identificados em uma visita recente feita ao Hospital das Clínicas. Os apontamentos do parlamentar dizem respeito à infraestrutura da unidade hospitalar, que segundo ele, tinha o teto a ponto de cair.

Além da demora na realização de cirurgias ortopédicas e na alimentação hospitalar aos pacientes. “Isso vai de contrapartida com o que vem dizendo na mídia, que as cirurgias estão a todo vapor. São várias situações que encontramos lá que causam preocupação. Porque a gente não sabe o que responder para esses cidadãos”, denunciou.

O deputado ainda pediu providências com relação à denúncia de infestação de insetos na Maternidade Nossa Senhora de Nazaré.

A deputada Betânia Almeida (Rede) relatou também a dificuldade da população para ser atendida em outras unidades hospitalares administradas pelo Estado. A parlamentar citou durante o discurso as investigações do Ministério Público que apontam indícios de desperdício de dinheiro público em cirurgias realizadas na rede estadual. “A gente paga até R$ 100… R$ 300 mil por uma cirurgia que, se feita no seu tempo, gastaria apenas R$ 300. Quem não tem dinheiro morre ou recorre à Justiça, porque não tem como pagar os insumos para fazer um simples curativo”, contou.

O outro lado 

A Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) esclarece que as informações sobre precariedade no 2o Piso do HC (Hospital das Clínicas) são improcedentes. A atual gestão da unidade revisou toda a estrutura do ambiente antes de sua utilização.

Sobre a alimentação, a direção da unidade informa que são oferecidas 180 refeições por mês (6 por dia) e no mês de outubro houve apenas um relato de atraso durante esse período. O dado consta, inclusive, em relatório que é entregue mensalmente à gestora do contrato.

Com relação aos pacientes que aguardam procedimento cirúrgico, o HC informa que 28 pessoas estão internadas atualmente na Unidade, aguardando por cirurgia ortopédica e nenhuma pessoa aguarda desde o ano passado.

A Secretaria também destaca que até o dia 31 de outubro deste ano, realizou 3.448 procedimentos cirúrgicos no HGR (Hospital Geral de Roraima), sendo 1.658 cirurgias eletivas (procedimentos agendados com pacientes que estão na fila única do SUS), e 1.790 de cirurgias emergência (quando o paciente dá entrada na unidade já necessitando de intervenção cirúrgica de urgência).

Sobre as cirurgias Bucomaxilofacial, os pacientes que ainda permanecem na lista de espera são demandas judiciais de anos anteriores, que deixaram de ser feitas à época. A atual gestão não possui demandas judiciais e as cirurgias estão ocorrendo normalmente. Só para se ter uma ideia, foram 20 cirurgias eletivas realizadas para essa especialidade até o dia 21 de outubro, com tempo de espera no máximo 10 dias, para que o inchaço no rosto do paciente diminua para poder ocorrer o procedimento cirúrgico.

Os dados da unidade também apontam para um total 907 cirurgias ortopédicas, sendo 582 eletivas e 407 emergenciais. Esse tipo de procedimento não era feito desde o ano passado, por falta de insumos. Ainda neste período foram realizados 97 procedimentos cirúrgicos da neurocirurgia, sendo 26 em caráter eletivo e 71 emergenciais.

Também foram retomados este ano os mutirões de cirurgias oncológicas, para atender a demanda de cerca de 90 pacientes com câncer aguardam para fazer cirurgia no Estado. Os procedimentos serão feitos todas às terças e quartas-feiras à noite e, no sábado, pela manhã, e a intenção da UNACON-RR (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia de Roraima) é zerar a fila de espera até a segunda semana de dezembro.

A Secretaria ressalta que não têm medido esforços para atender as necessidades das unidades hospitalares de Roraima, preocupação esta que conta com o apoio incondicional do governador Antonio Denarium. A Sesau lamenta que informações infundadas estejam sendo disseminadas com o único propósito de prejudicar os trabalhos que são desenvolvidos em favor da população.

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