Segundo Albuquerque, termelétricas a diesel de Roraima custam à população brasileira cerca de R$ 2,4 bilhões por ano Foto: Tomas Silva/Agência Brasil

Nesta quinta-feira (13), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que a licença de instalação do linhão de transmissão de energia entre Manaus e Boa Vista deve sair em abril. A ideia, segundo ele, é que Roraima faça parte do Sistema Interligado Nacional (SIN) em até dois anos, garantindo que a população disponha de segurança energética. Atualmente, o estado é abastecido por termelétricas. A informação é da Agência Brasil.

“Estamos trabalhando com o cronograma para que a gente obtenha essa licença em abril”, afirmou. Além da segurança energética, ressaltou o ministro, quando o estado estiver interligado ao SIN, o custo da energia deve ficar mais barato em todo o país. “Hoje, as termelétricas a diesel de Roraima custam à população brasileira cerca de R$ 2,4 bilhões por ano. E todos pagam”, ressaltou.

Em 2011, a concessão da interligação elétrica entre Manaus e Boa Vista foi licitada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e deveria ter entrado em operação em 2015. O sistema de transmissão, composto por duas linhas de 500 kV (Lechuga – Equador e Equador – Boa Vista, localizadas nos estados do Amazonas e Roraima), tem como objetivo integrar a capital roraimense ao SIN. A vencedora da licitação foi a Transnorte Energia.

Reforma tributária

Após dar palestra no Sindicato da Habitação em São Paulo (Secovi), o ministro disse que o projeto de mudanças nas regras do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que consta da proposta de reforma tributária, deve ficar pronto até o fim deste mês. Segundo ele, a proposta deve ser encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro logo após o carnaval. Depois, ela seguirá para apreciação no Congresso.

Segundo o ministro, os governadores não devem se preocupar com as mudanças que estão sendo propostas para o ICMS.

“Isso está sendo tratado de forma bastante transparente. Não é uma questão particular do ICMS nem dos combustíveis. Temos, sim, que adotar um processo tributário que permita que o combustível tenha preço justo ao consumidor e também considerar as finanças e as expectativas de arrecadação de todos os entes, sejam eles a federação, os estados ou os municípios”, concluiu.

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