Foto: Gabriel Cabral/Folhapress

 

É fato que a prefeita Teresa Surita (PMDB) tem pressa em concluir as obras iniciadas nos últimos meses como parte de seu plano político rumo às  eleições municipais e, em seguida, às eleições para o Governo de Roraima. Enquanto ela pavimenta suas pretensões futuras, a cidade sai ganhando com esses obras.  Mas fica a pergunta: qual o custo disso tudo?

Já sabemos que sua administração endividou o Município com empréstimos que serão pagos pelo contribuinte a partir do próximo prefeito ou prefeita.  Até um surto para concursos públicos a prefeita foi acometida, algo que era impensável nos últimos 19 anos em que ela ficou à frente da Prefeitura de Boa Vista.

No quesito obras, tudo é realizado às ocultas, sem a menor transparência e sem ser incomodada pelos órgãos fiscalizadores, muito menos por aqueles que foram eleitos para fiscalizar as ações do Executivo: os vereadores, que em sua grande maioria fecharam os olhos ou disseram amém para as ações executadas sob suspeita ou sem qualquer transferência.

Obras sem licitação foi o que mais ocorreu, inclusive para uma empresa cujo dono é marido da chefe geral do Ministério Público, fato que gera muita surpresa porque a justificativa foi baseada em calamidade pública para uma obra que pretende ser o maior feito político de Teresa no fim de mandato.

Os planos ambiciosos não se resumem à esfera política.  O latifúndio urbano onde está a casa da prefeita foi transformado em um mega empreendimento para faturar mais dinheiro, seja captado de investidores ou dos cofres governamentais, por meio de venda de mudas de mogno aos governos  ou uso de mão de obra dos imigrantes venezuelanos, como se a empresa  estivesse praticando uma ação social diante da crise migratória.  Tudo propaganda para inglês ver.

Da mesma forma que a prefeita trata as milionárias obras municipais, dispensando licitações e ocultando informações para dificultar fiscalização,, o mega empreendimento instalado no seu latifúndio urbano, no bairro Cidade Satélite, também é cercado de segredos.  Publicações do empreendimento são feitas apenas fora do Estado, como se fosse o maior negócio que Roraima já teve, mas que ninguém vê por aqui.

Esse é o cenário que cerca o grupo político da prefeita, marcado por falta de transparência que suscitam muitas dúvidas sob a real aplicação da montanha de recursos aplicados em obras, boa parte deles por meio de empréstimos que os contribuintes terão que pagar.  Estamos numa Era em que não basta mostrar-se trabalhador, mas um administrador que aplica bem os recursos e presta conta de suas ações, algo que causa arrepios na prefeita só em ouvir em falar.
*Colunista

 

 

Deixe seu comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here