Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro embarca neste domingo (1°) para Montevidéu, onde irá participar da cerimônia de posse do novo presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou. Ele retornará a Brasília no mesmo dia.

Além do chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, estão confirmados na comitiva o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva, Augusto Heleno, o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) e o deputado Celso Russomano (Republicanos-SP).

A ida do presidente brasileiro a Montevidéu foi anunciada ainda em novembro, quando Lacalle venceu em uma disputa muito acirrada contra Daniel Martínez, candidato da coalizão de esquerda (Frente Ampla), que governava o país há 15 anos. Na avaliação do Itamaraty, a ida de Bolsonaro ao Uruguai marca uma nova etapa da relação com o país vizinho.

À época, ao telefonar para parabenizar o presidente eleito do Uruguai, Bolsonaro disse que os dois tiveram uma conversa bastante saudável, amiga. “Ele é conservador, é de direita, tem um programa muito parecido com o nosso”, disse o presidente acrescentando que também convidou o uruguaio a vir ao Brasil.

Venezuela

Diferentemente do Brasil, o governo uruguaio de Tabaré Vázquez não reconhece Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. O Uruguai também não integra o Grupo de Lima, do qual fazem parte países que pressionam diplomaticamente o ditador Nicolás Maduro a deixar o poder. Sobre a Bolívia, a coalizão derrotada no Uruguai classificou a renúncia do presidente Evo Morales como um “golpe de Estado” e expressou sua consternação com o “colapso do Estado de Direito” produzido no país.

Como as relações bilaterais entre Brasil e o país vizinho são boas, a novidade esperada pelo governo brasileiro é um alinhamento de posições no que diz respeito à Venezuela e Bolívia.

“Temos indicações, por declarações que foram dadas, que haverá uma mudança de posição [do Uruguai] em relação à Venezuela e à Bolívia. Temos o entendimento de que essas mudanças nos deixam em um caminho mais próximo, que facilitará a coordenação de posições”, afirmou nesta sexta-feira (28) o embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva, secretário de negociações Bilaterais e regionais nas Américas do Itamaraty, em coletiva à imprensa sobre a visita do presidente brasileiro ao país vizinho.

Fronteiras

Ainda no campo das relações bilaterais, a expectativa do governo brasileiro é intensificar o trabalho conjunto na região de fronteira dos dois países, onde vivem 800 mil pessoas.

Há ainda temas de infraestrutura, obras de interesse dos dois países, como pontes e hidrovias, além de aprofundamento de cooperação na área de defesa.

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