Atraso vai atrapalhar obra de construção de usina Foto: Secom/RR

A pandemia de coronavírus e medidas adotadas por governos estaduais e prefeituras contra a disseminação da doença já têm gerado impactos negativos sobre o cronograma de obras de projetos de geração e transmissão de energia no Brasil, incluindo a usina termelétrica de Jaguatirica II, em Roraima

A elétrica Eneva disse à Reuters que foi notificada por uma empresa contratada para tocar as obras da usina “subfornecedores estão indicando um possível atraso de até 30 dias para entrega de alguns equipamentos”.

A empresa, no entanto, disse que tem discutido “planos mitigatórios” junto à contratada e que “acredita que os atrasos não devem afetar significativamente o cronograma de execução da termelétrica”.

O empreendimento da Eneva, com 126 megawatts em potência, precisa iniciar operações em junho de 2021. A usina, viabilizada em leilão do governo federal para atendimento a Roraima, tem investimentos estimados em cerca de 1,8 bilhão de reais.

Em carta à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vista pela Reuters, a Eneva disse que a Techint, contratada para as obras, alertou sobre a ocorrência de “evento de força maior” com possível impacto sobre a implantação da usina.

A Techint, segundo o documento, tomou a iniciativa após também ter sido notificada sobre evento de força maior pelas subcontratadas Siemens, Esindus e ABB, que forneceriam peças e materiais para o projeto, e por uma empresa responsável por logística de entregas dos insumos, a Hellman.

“De acordo com a Techint e seus subcontratados, isso se deve a medidas extraordinárias adotadas por diversos países europeus, asiáticos e latino-americanos (incluindo o Brasil) para a contenção da epidemia”, disse a Eneva ao regulador, citando impossibilidade de atracação de navios e restrições no tráfego aéreo e terrestre.

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