Médico em treinamento de entubação orotraqueal Foto: Divulgação/UFRR

Profissionais da área de saúde estão sendo capacitados para aprender a lidar de forma mais segura com os equipamentos de proteção individual (EPIs) usados durante os atendimentos de pacientes com covid-19. Os 20 primeiros médicos treinados na Universidade Federal de Roraima (UFRR) tiveram aulas nessa segunda-feira (13), no bloco de medicina, Campus Paricarana.

A próxima atividade será nesta quarta-feira (15), às 10h, com dez médicos do Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazaré. Em datas posteriores, serão capacitados os profissionais do Hospital de Campanha da Operação Acolhida do Exército, do Hospital Geral de Roraima (HGR) e do Hospital da Criança Santo Antônio.

O treinamento é ministrado por uma equipe de professores efetivos do curso de medicina, dois médicos colaboradores externos e três técnicos administrativos da UFRR. As capacitações fazem parte do eixo 1, “Desenvolvimento Profissional”, do projeto “Ações para o Enfrentamento da Pandemia de Covid-19”, articulado em três eixos de atuação com objetivo de reforçar o combate à doença.

O professor do curso de medicina Ruy Guilherme Souza explica que este é um treinamento prático. Os médicos são orientados sobre como vestir os EPIs e higienização das mãos, realizar treino em entubação orotraqueal e manejo básico de ventiladores mecânicos.

Além disso, são fornecidas orientações sobre o processo de retirada dos EPIs e higienização. Conforme Ruy Guilherme, este é um processo fundamental para a segurança das equipes de saúde, já que muitos profissionais estão se contaminando ao retirar os equipamentos.

Durante o treinamento, os profissionais executam os procedimentos práticos e são orientados pelos instrutores sobre como melhorar. Além disso, assistem a um vídeo que aborda a questão.

“A gente quer fazer a capacitação sem parar. Essa é uma das lições que se aprendeu com a Itália e com a China: tem que ser contínua”, afirma o professor Ruy Guilherme. Segundo ele, o papel da UFRR, por meio do Centro de Ciências da Saúde, é contribuir para a saúde da população.

“Temos um número grande de profissionais de saúde que se contaminam e que, mesmo estando assintomáticos, têm que sair da frente de trabalho para não contaminar outras pessoas. Os primeiros que se contaminam são os que têm mais experiência. Então, no segundo momento, quando a crise se agrava, a gente tem que chamar o profissional que não é experiente”, afirma o médico.

É justamente essa parcela que está sendo capacitada pela UFRR. Os médicos da maternidade não costumam lidar com este tipo de paciente de UTI, mas aprenderam os procedimentos básicos e estão mais bem preparados para agir em caso de necessidade.

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