Foto: Secom RR

O governador Antonio Denarium foi contaminado pela mosca azul da política. De tanta publicação na rede social Facebook, eleita por ele como predileta, criando um governo virtual que só existe  na  fantasia, acreditou que sabe  mesmo  governar e agora já pensa na reeleição.

Aprendiz quando se trata de tomar decisões a favor do povo, mas expert quando o negócio é favorecer grandes empresários, todas as decisões erradas do governador são logo  captadas pela prefeita Teresa Surita (MDB), que  usa os erros dele  como parâmetro para enaltecer-se politicamente.

Denarium parece um menino bobão criado com a avó quando se trata de governar para o povo, mas  apresenta-se altivo ao tratar de seus negócios particulares, uma vez que ele sabe ganhar dinheiro, esperteza essa que  aprendeu desde o tempo de bancário, quando o banco no qual trabalhava faliu, o Bamerindus,  e ele ficou rico.

Vem de lá esse tino para ganhar dinheiro, especialmente dos políticos com quem ele sempre se relacionou (na campanha eleitoral ele foi acusado de ser agiota pela então governadora Suely Campos,  no debate na TV Roraima). É nítida  sua escolha preferencial pelos empresários, seus sócios em negócio e financiadores da campanha eleitoral.

O governador escora-se no fato de pagar em dia o funcionalismo público, o maior patrimônio político de Roraima e a peça que faz girar a economia do contracheque.  Por isso acha-se o gênio da garrafa, mesmo não tendo resolvido nada dos grandes problemas do Estado, especialmente saúde, educação e segurança. Tudo continua sendo feito no improviso e no remendo.

Nem moral Denarium tem com o presidente Jair Bolsonaro para pedir ajuda, apesar de viver dando declarações de apoio político a ele.  Bolsonaro já comprovou que  para Roraima só tem gogó, enquanto ao governador resta ficar repetindo o mantra de quem o apoia incondicionalmente,  como se fosse um comportamento de quem não tem altivez política.

O coronavírus acabou desviando todos os focos de atenção, permitindo uma trégua aos seus erros administrativos e políticos. Mas cobrou a conta do que não foi feito na saúde e na área social, a exemplo do benefício Crédito Social, que foi extinto por Denarium assim que ele assumiu, mesmo tento prometido na campanha eleitoral que iria manter esse benefício e aumentar o valor da ajuda.

Agora, diante da pandemia, foi obrigado a recriar o benefício com outro nome com a finalidade de ajudar famílias pobres. Mas o governo trata a recriação do benefício como se fosse um grande ato de Denarium, quando na verdade representa um de seus seguidos erros que precisou ser corrigido diante da necessidade de medidas para amenizar os impactos do coronavírus.

Esse é o governo administrado por um aprendiz de político que sabe ganhar dinheiro para ele e seus amigos empresários, mas ainda não aprendeu a lutar pelos mais pobres, aqueles que realmente precisam da ação do governo não apenas para superarem as dificuldades desse momento de pandemia, mas por toda sua vida de cidadão que precisa de saúde, educação, segurança e outros setores que impactam sua vida.  Ficar elogiando Bolsonaro, sem retorno político para Roraima, só revela a falta de um governo que possa tirar o Estado do buraco. O aprendiz precisa sair logo do espelho e encarar a realidade.

*Colunista

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