FOTO: DIVULGAÇÃO

A prefeita Teresa Surita (MDB), dentro de sua bolha na rede social Twitter, foi contaminada pela ira pelo fato de o governador Antonio Denarium (sem partido) ter apontado falhas no atendimento nos postos municipais de saúde, durante uma entrevista. Além de agir costumeiramente tentando se passar de vítima, desta vez reagiu mandando o governador cuidar do Hospital Geral de Roraima (HGR), citando as denúncias que circulam sobre estrutura precária daquela unidade estadual.

Teresa ainda tentou desviar o alvo da crítica feita por Denarium, dizendo que os profissionais de saúde foram atacados. Inclusive uma nota de repúdio, que sequer foi assinada, acabou sendo divulgada em nome da “Atenção Básica”. Essa mesma nota convida o governador a visitar as unidades de saúde, quando na verdade é a prefeita que deveria estar indo lá na ponta, mostrando a cara, assumindo suas responsabilidades frente a este momento crítico.

Tanto a rede municipal quanto a estadual passam por sérios problemas por falta de investimentos por longos anos de descaso com a saúde pública.  Não fosse o surgimento desta pandemia, os governantes ainda estavam empurrando os problemas com a barriga, enquanto as pessoas morriam. Os postos de saúde nunca cumpriram com suas obrigações, seja por falta de profissionais ou de estrutura, o que obriga a população a procurar as unidades do Estado, as quais vinham caindo aos pedaços há anos.

O que o governador Denarium passou, ao testar positivo para coronavírus, fazendo  um teste rápido e depois o teste definitivo para só então confirmar a doença, vem sendo negado há muito tempo ao povo, tanto nos postos municipais de saúde quanto no HGR.  Fosse ele um cidadão pobre, sem qualquer influência, com certeza iria parar na fila de espera de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).  Como se trata de um governador, inclusive deve ser medicado como cloroquina, o que também é negado a quem é pobre.

Enquanto isso, Denarium e Teresa se engalfinham numa vergonhosa disputa política.  A diferença é que Denarium colocou a cara na rua, fazendo o papel de um governante, inclusive recebendo pessoas em seu gabinete constantemente. Teresa não. Ela se trancou no seu confinamento social, dentro de sua mansão, de onde passou a viver na bolha do Twitter, onde o povo sequer sabe usar para cobrá-la ou mesmo criticá-lá. Lá ela é cercada de elogios, bem típico de quem vive em um mundo paralelo.

Pelo que a prefeita posta em seu Twitter, não será agora que ela irá visitar os postos de saúde ou cumprir agenda pública. Ela sempre quis administrar uma prefeitura virtual, onde a missão de encarar o povo ficasse somente na hora de pedir o voto.  Teresa vai continuar mandando fechar tudo e pedindo para todos ficarem em casa, enquanto fica no Twitter se passando de a “rainha do coronavírus” e se colocando como vítima de uma grande trama.

Enquanto isso, nada de Teresa chamar as demais autoridades para um plano que permita um futuro menos doloroso quando tudo isso passar. E tudo vai passar exatamente no período de pedir voto do cidadão.  O povo vai cobrar.

*Colunista

Deixe seu comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here