Foto: Fábio Motta/ Agência O Globo

O Brasil registrou 1.001 novas mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, 20.803 novos casos confirmados e se tornou o segundo país no mundo com mais casos, com um total de 330.890.

O país ultrapassou a Rússia, que tem 326.448 casos, segundo a Universidade Johns Hopkins (EUA), que monitora dados da pandemia. Os EUA são o país mais afetado, com quase 1,6 milhão de casos e 95 mil mortes.

Segundo dados do Ministério da Saúde desta sexta (22), o Brasil tem um total de 21.048 óbitos

O recorde é de 1.188 novas mortes registradas em apenas um dia, na quinta (21).

Os cinco primeiros países com mais mortes são EUA (95 mil), Reino Unido (36 mil), Itália (32 mil), Espanha e França (28 mil). O Brasil vem em seguida. No entanto, a Rússia, o segundo país com mais casos, lista pouco mais de 3.000 mortes, o que gera desconfiança interna e externa.

Os cinco estados mais afetados pela pandemia do novo coronavírus seguem concentrando mais da metade do total de óbitos em decorrência da doença. São Paulo agora registra um total de 5.773 vítimas fatais. O estado também lidera na quantidade de casos confirmados, com 76.871.

​Em relação ao número de mortes, aparecem na sequência o Rio de Janeiro (3.657), Ceará (2.251), Pernambuco (2.057) e Pará (1.937).

Após São Paulo, o Ceará aparece como o segundo com o maior número de pessoas infectadas, com 34.573. Depois aparecem o Rio de Janeiro, com 33.589; Amazonas, com 27.038; e Pernambuco, com 25.760.

O boletim também mostra que 135.430 pessoas que haviam sido infectadas pelo coronavírus se recuperaram da doença – o que corresponde a 40,9% do total de casos.

O Ministério da Saúde não realizou nesta sexta-feira a tradicional coletiva de imprensa, no Palácio do Planalto, em Brasília, para divulgar as ações de enfrentamento à pandemia e comentar o aumento recente no número de mortes, que nesta semana ultrapassou a marca de 1 mil em 24h.

Na quinta-feira, técnicos da pasta afirmaram que havia sinais de que a curva de casos pudesse estar se estabilizando nos estados da região Norte. No entanto, seriam necessários mais alguns dias para confirmar se configurava uma tendência.

O secretário substituto de vigilância em saúde da pasta, Eduardo Macário, também afirmou que os estados do norte e nordeste eram duramente afetados, pois o surto de coronavírus coincidia com a sazonalidade das doenças respiratórias na região. As doenças respiratórias atingem primeiramente essas regiões por conta da temporada de chuvas nessas localidades.

Por outro lado, a chegada do frio nas regiões sul e sudeste devem levar esses problemas de saúde para a região sul, somando-se ao surto do novo coronavírus.

Segundo Michael Ryan, diretor-executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde), a América Latina é o novo epicentro da pandemia de coronavírus e o Brasil é o país mais preocupante.

Estimativas também divulgadas nesta sexta pelo Imperial College indicam que a transmissão da doença continua acelerando no Brasil. A taxa de contágio (Rt), que indica para quantas pessoas em média cada infectado transmite o coronavírus, foi calculada em 1,3 (quando está acima de 1, a transmissão está fora de controle).

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