Secretário de Saúde Olivan Júnior. Foto: Secom

O secretário de Estado de Saúde, Olivan Junior, sugeriu ao governador Antonio Denarium que haja uma intervenção federal na Saúde do estado.

Para o secretário, a intervenção se justifica por conta da desordem na Pasta, as irregularidades encontradas, interesses “pouco republicanos” e situação de muitos anos de problema na gestão da Secretaria. O documento foi repassado ao Roraima1.

Olivan foi sexto a assumir a Sesau desde o início da gestão de Denarium. O então secretário de Segurança assumiu o comando da Pasta após a exoneração de Francisco Monteiro Neto, por suspeita de envolvimento em compras superfaturadas, como a aquisição de 30 respiradores por R$ 6,4 milhões durante o decreto de calamidade pública por conta do coronavírus, que autoriza compras emergenciais sem licitação.

Desde então, Olivan está à frente da Segurança Pública e da Saúde do estado, como um interventor, tentando redirecionar a gestão de Sesau em meio à pandemia.

Ainda em diagnóstico repassado ao governador no dia 15, Olivan admite que o histórico de contas pendentes e de contratos irregulares estão atrapalhando o cumprimento de obrigações financeiras e administrativas.

“Existem problemas conjunturais relacionados às compras e aquisições de insumos, para dotarmos às Unidades de Saúde. Bem como há entraves na contabilidade financeira, para realizar boa gestão, para contratação de profissionais”, pontou o coronel.

O coronel reconhece ainda que não há estoque apropriado e nem planejamento anterior voltado ao abastecimento das unidades de saúde da capital e interior.

“É grave a situação de desabastecimento, em especial de medicamentos e outros insumos, para o COVID- 19, em função da elevada procura por tais produtos, além da escassez de equipamentos específicos, que devem ser utilizados pelos médicos para o salvar vidas”, afirmou Olivan.

O secretário sugere também um plano de choque de gestão para “não deixar colapsar a Sesau”, onde avalia quatro ações a serem tomadas: integração ao Fórum de Combate à Corrpução; revisão dos contratos irregulares que foram encaminhados para a Força Tarefa instalada na Sesau; dotar o mais rapidamente possível as Unidades de Saúde de equipes médicas e planejar aquisição de insumos para tratamento da Covid-19. O plano já está em andamento.

INTERVENÇÃO

Caso o governador aceite a decisão, será a segunda vez em pouco menos de dois anos que há uma intervenção federal na Pasta. Em dezembro do ano passado, Roraima passou a ter a gestão assumida pelo governo federal após acordo com a então governadora Suely Campos (Progressistas) e decreto publicado pelo então presidente Michel Temer. Ailton Wanderley assumiu o comando da Sesau à época.

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