Foto: Secom RR

Está confirmado que o governador Antonio Denarium (sem partido) agiu com descaso em relação à situação da saúde pública desde que assumiu. Não são apenas evidências. São os fatos que se apresentam, a exemplo do relatório que ele recebeu em mãos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) após uma inspeção nas unidades de saúde.

A corrupção sistêmica ele negligenciou ou não teve o zelo necessário para tomar a frente a fim de desratizar o setor. Ou será que há forças ocultas operando o sistema, a ponto de impedir o governador de agir com austeridade? Ao se demitir, o ex-secretário de Saúde, Ailton Wanderley, indicou a existência de um grande esquema nesse sentido.

Parece que sim, pois o esquema prosseguiu na esteira da pandemia, com a aquisição superfaturada de respiradores e confecção de uma cartilha. O governador não pode se livrar das responsabilidades apenas dizendo que não sabia de nada. Ele manteve como secretário um adjunto que já vinha sendo denunciado por assédio sexual e moral, um personagem que foi responsável pela exoneração do titular, Allan Garcês, que por sua vez depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde reafirmando a existência de corrupção.

Não só isso. Garcês apontou o irmão do governador operando nos bastidores para beneficiar uma empresa que já vinha sendo alvo de investigação por irregularidades na saúde. Em um Estado sério, isso seria motivo para um grande escândalo, mas tudo foi amenizado e tratado como algo irrelevante.

Os desdobramentos dos fatos exigem que as autoridades continuem cumprindo com o dever de explicar tudo o que está acontecendo na saúde, com punição aos responsáveis. Foi essa a principal promessa de Denarium quando pedia votos. Até agora, ele não mostrou disposição para abrir a “caixa-preta”.  Desculpa de que não viu e não sabia não cola perante um governador que foi eleito para acabar com os vícios da velha política.

O povo espera ação rápida. Basta o engodo que foi o governo Suely Campos, que contribui decisivamente para a eleição de um suposto “não político”. E o povo não perdoará quem trair a confiança dele novamente.  O tempo urge especialmente na saúde diante do coronavírus.

*Colunista

1 comentário

  1. Eu acho é pouco eu já morei aí por 16 anos e nada muda ,agora vocês votem no candidato da Tereza e Judá que é pra continuar na mesma merda, esse governador é um pau de bosta que se deu bem na vida agiotando, aqui em Belém é igual elegeram o Hélder filho do Jáder que roubou milhões da Sudam e Banco do estado do Pará.

Deixe seu comentário

Please enter your comment!
Please enter your name here