Governador Antonio Denarium (PP). Foto: Divulgação.

O governo Antonio Denarium (sem partido) afunda em sua infinita incompetência. Parece que até uma nota pública, para contestar a prefeita Teresa Surita (MDB) por uma entrevista a uma rádio, foi entregue nas mãos de um estagiário. A prefeita, que alimenta uma briga particular com o governo, deve estar sorrindo em sua bolha virtual, enquanto a saúde estadual colapsou e os postos de saúde não conseguem fazer o atendimento básico às vítimas de coronavírus.

O sétimo ex-secretário estadual de Saúde, Olivan Junior, sucumbiu à corrupção sistêmica e à balbúrdia administrativa do setor, vencido pelo sistema carcomido. O chefe da Casa Civil, Disney Mesquita, que mantinha um governo paralelo no Palácio do Governo, pulou do barco à deriva. E a secretária do Índio, Joilma Teodoro, que dirigia uma pasta figurativa, apenas por acomodação política, caiu fora depois que descobriu que seu grupo foi rifado no Município do Uiramutã.

Enquanto isso, Denarium não consegue pensar rápido o suficiente para reagir, em uma letargia política que permitiu o Estado afundar desde que assumiu como interventor federal. Alguém precisa falar a língua dele para pedir alguma reação urgente. Parece que o governador só entende a linguagem de um português mais direito: “Falta pulso de um cabra macho para tomar as rédeas do Estado” (agora sim, acho que essa linguagem ele entende).

Se o governador não tomar uma atitude austera, mostrando pulso firme para ajustar esse grande monstro lento e viciado, será melhor para ele ir embora para casa, cuidar de sua fazenda, pois ele jamais irá entender que o governo não é para gerar dinheiro, como ele administra suas fazendas e seus negócios imobiliários, mas para garantir o bem-estar coletivo do cidadão que paga impostos.

Denarium mostra-se uma farsa criada pela imagem de um “não político” para colocar o Estado em ordem, quando ele repetia que “dinheiro tinha, o que faltava era gestão”, além de bradar que iria mandar os corruptos para a cadeia. Desde que assumiu, só se preocupou com os grandes empresários e esqueceu de governar.

O único grande acerto dele foi entregar a Polícia Militar nas mãos de um grupo de militar, o que permitiu a instituição respirar e conseguir superar as dificuldades administrativas e operacionais. E só, pois o sistema prisional já estava sob intervenção federal, segurando a sanha do crime organizado que comanda a violência a partir das prisões.

Governador, sabemos que o senhor ainda está debilitado por causa do coronavírus. Mas é necessário agora dar um giro de 180 graus nesse governo e começar a governar de verdade. Urgente! Se não conseguir fazer o básico, o melhor é pedir afastamento para continuar se reabilitando e entregar as chaves nas mãos de quem tiver pulso firme.

Roraima definitivamente não é para amadores.

*Colunista

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