(Foto: Divulgação)

A verdade é que a prefeita Teresa Surita (MDB) nunca teve plano algum de enfrentamento ao coronavírus, a não ser o de mandar todos para casa e fechar o comércio. Ela foi a primeira a se trancar dentro de uma bolha virtual, enquanto a doença avançava sobre a Capital e sobre o Estado.

Se tivesse um plano de enfrentamento, Teresa teria saído de seu esconderijo e encarado a realidade, propondo uma grande mobilização interinstitucional, com montagem de pontos públicos para realização de testes rápidos, com a distribuição de um kit de medicamentos para aqueles que testam positivo para Covid-19.

Mas Teresa preferiu alimentar uma disputa e uma intriga política com o Governo do Estado, como forma de pavimetar suas futuras pretenções políticas. Enquanto o governo definhava nos antigos esquemas de corrupção, a Prefeitura de Boa Vista se escondia de suas responsabilidades nos postos municipais.

Foi assim que Teresa perdeu a oportunidade de sair grande politicamente desta pandemia. Ao contrário, sairá apequenada diante de sua covardia por não ter saído de sua bolha para propor um pacto com o Exército, com as instituições que cuidam dos venezuelanos, com os órgãos de controle e demais instituições disposta a encarar o terrível vírus.

Nunca houve interesse de Teresa, nem de seu mentor e mestre, o ex-senador Romero Jucá (MDB), em estruturar a Capital para enfrentar a pandemia, já que a saúde nunca foi prioridade em 20 anos como prefeita e em três mandatos consecutivos como senador. Hoje temos postos de saúde que não conseguem fazer o atendimento básico, dentro de suas atribuições.

Foi vergonhosa e covarde a atitude de Teresa Surita como mandatária de uma cidade minúscula, com 400 mil habitantes, que se eximiu de suas responsabilidades e optou por ficar trancada em casa, mandando fechar tudo enquanto deveria ter encabeçado um pacto de enfrentamento à doença.

O boa-vistense irá pagar um preço muito alto por essa imobilidade da prefeita, que não consegue cuidar de uma população que é bem menor do que qualquer bairro de uma grande Capital brasileira. Se o coronavírus contaminasse flores e gramas, talvez Teresa tivesse montado um plano. Mas não.

Ela nunca teve plano algum a não ser alimentar seu ego político com elogios por uma cidade cuja beleza não vai consolar os mortos daqui para frente… Quando tudo isso passar, a prefeita fará uma grande festa de inauguração de obras milionárias, cujos trabalhos nunca pararam por causa da quarentena.

Não importará quantos morreram, quantos adoeceram e quantos buscaram atendimento médico e não conseguiram nos postos de saúde. Importará que alguém faturou alto com essas obras. Importará o ego político da prefeita de uma cidade com saúde saúde pública deficitária, sem um único hospital municipal.
*Colunista

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