Médicos e coordenador da Acolhida tentam resolver impasse - Foto: Arquivo Pessoal

Equipes de saúde que atuam no Hospital de Campanha foram impedidas de realizar transferências de pacientes no Hospital Geral de Roraima (HGR), no fim da manhã deste sábado (20).

O motivo é um impasse entre a direção da unidade e o coordenador da Força-Tarefa da Operação Acolhida, general Antonio Manoel de Barros. Os pacientes estão na unidade após passarem por uma triagem na noite dessa sexta-feira (19)

De acordo com informações apuradas pelo Roraima1, os profissionais de saúde alegam que o general quer forçar a transferência sem a autorização da direção do hospital e que há uma escolha prévia da Acolhida para determinar quais pacientes levar, sem ouvir o corpo clínico da unidade hospitalar.

O general entende, no entanto, que os médicos querem transferir apenas os pacientes que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Para Barros, não haveria condição de realizar a transferência de pacientes nessas condições, porque poderiam morrer no caminho.

O governador Antonio Denarium (sem partido) e o procurador de Justiça do Ministério Público de Roraima (MPRR), Edson Damas, estão no hospital para tentar resolver a questão.

A Sesau (Secretaria de Saúde) informou que 13 pacientes foram transferidos do HGR (Hospital Geral de Roraima) para o Hospital de Campanha, neste sábado, 20. Ressalta que a responsabilidade do HGR continua sendo a alta complexidade, ou seja, pacientes contaminados pelo COVID-19 em estado grave continuarão internados na Unidade.

“Estão sendo transferidos para o Hospital de Campanha, neste primeiro momento, pacientes estabilizados, com internação de 24 ou 36 horas. Os que estão na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), utilizando respiração mecânica, permanecerão no Hospital Geral. Acrescenta que estão em discussão protocolos de atendimento. O Hospital de Campanha abriu com 80 leitos disponíveis. Na próxima semana, mais 172 devem estar prontos para receber mais pacientes. Conforme a demanda, a Unidade poderá dispor de até 782 leitos”, conclui. 

A reportagem também questionou a Operação Acolhida sobre o impasse na transferência dos pacientes e aguarda o retorno.

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