(Foto: Divulgação)

Roraima foi o pior Estado do Brasil no combate ao coronavírus na semana encerrada no dia 14 de julho. Com o resultado, o Estado ocupa há três semanas a colocação. A informação consta no Ranking Covid-19 dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP).

No segundo lugar entre os piores, aparece o Distrito Federal. Na semana encerrada no dia 1º, o DF aparecia na 18ª posição. No ranking do CLP, quanto mais alta a posição de um Estado, pior seu desempenho no enfrentamento ao coronavírus.Completam os destaques negativos o Pará, que melhorou sua colocação da segunda para a quarta posição no período, e o Mato Grosso, estável em terceiro lugar.

Na quinta colocação está o Estado de Goiás, que, duas semanas antes, aparecia na 21ª posição.Embora tenha permanecido na primeira colocação do ranking do dia 14, Roraima tem melhorado seu desempenho. A nota do Estado passou de 67,5 para 49,77, apenas dois pontos acima do DF, que aparece com 47,23, de 34,46 na semana encerrada no dia 1º. Na metodologia usada pelo CLP, uma nota mais baixa indica melhor desempenho contra o coronavírus.”A trajetória da curva tem crescido no Centro-Oeste.

Agora, temos essas ações dos governos do Distrito Federal e de Goiás, de reabertura, enquanto há uma alta ocupação de leitos. Eles precisam emergencialmente tomar medidas para parar esse processo”, avalia José Henrique Nascimento, Head de Competitividade do CLP. Considerada o epicentro do coronavírus nas últimas semanas pelo CLP e com a pior nota no ranking, a região Centro-Oeste tinha 165.211 infectados e 3.481 mortes por covid-19 até a última quinta-feira, 16, segundo o consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha de S.Paulo e UOL. No País, eram 2.014.738 infectados e 76.882 mortes.

Tendência

Embora os Estados do Centro-Oeste concentrem as piores notas do ranking, a região Sul pode se tornar rapidamente o destaque negativo do País nas próximas divulgações. O CLP vê Santa Catarina e Paraná com as maiores tendências crescimento no número de casos. “Para hoje, a preocupação é o Centro-Oeste, mas, para o futuro, é a região Sul”, afirma Daniel Duque, Head de Inteligência Técnica do centro.

Duque observa, no entanto, que a evolução do coronavírus em cada Estado vai depender das ações desenvolvidas pelos governos, não da proximidade com Estados que têm uma rápida evolução de casos.

“Ninguém está fadado a uma situação ruim porque tem vizinhos ruins, isso é uma coisa que a evolução da pandemia na região Nordeste mostra, por exemplo.”Nascimento afirma que, embora a reabertura econômica traga sempre um impacto negativo sobre o número de casos, a gestão regionalizada e baseada em dados do sistema de saúde tem rendido efeitos positivos para os Estados que a adotam.

“O Espírito Santo, por exemplo, foi o melhor colocado neste ranking e tem feito um trabalho interessante neste sentido de tomar decisões microrregionalizadas”, afirma.

Metodologia

O Ranking Covid-19 dos Estados foi criado para avaliar comparativamente os efeitos das ações dos Estados contra a pandemia. A metodologia do CLP utiliza os mesmos critérios do Ranking de Competitividade dos Estados para sistematizar nove indicadores semanalmente. O levantamento considera a proporção de casos confirmados de covid-19, a evolução logarítmica dos casos, e a taxa de mortalidade pela doença, conforme os dados do SUS.

Para mitigar o risco de subnotificação, o ranking também leva em conta a quantidade de casos, a evolução logarítmica e a taxa de mortalidade por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), da Fiocruz. As notas dos Estados dependem, também, do Índice de Transparência da Covid-19, elaborado pela Open Knowledge Brasil, e os dados de isolamento social do Google.

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