Indígenas tem sofrido com a presença do vírus em seus territórios. Foto: Carlos Eduardo Ramirez

O governo federal distribuiu 100.500 comprimidos de cloroquina para indígenas. A informação está no arquivo de apresentação divulgado nesta sexta-feira (24) pelo ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, durante entrevista coletiva.

Pazuello fez um dos gastos para iniciativas próprias e repasses a estados para ações de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Os dados sobre combate à Covid-19 entre os povos indígenas foram apresentados por Antonio Elcio Franco, secretário-executivo, o número 2 do Ministério da Saúde e ex-secretário de Estado de Saúde em Roraima, e por Robson Santos da Silva, o chefe da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

Em todo o país, o medicamento, de eficiência não comprovada e com alto risco para a saúde, foi distribuído em larga escala no país: foram 4,8 milhões de comprimidos.

No início do mês, o Roraima 1 mostrou que uma missão conjunta feita pelo Ministério da Saúde, Ministério da Defesa e da Fundação Nacional do Índio (Funai) distribuiu  comprimidos de cloroquina para as terras indígenas Yanomami e Raposa Serra do Sol.

OSELTAMIVIR

Conhecido pelo nome comercial tamiflu, o oseltavimir foi outro medicamento que ganhou destaque na apresentação. No total, foram entregues no país 11,1 milhões de unidades da substância.Os DSEIs receberam 205.540 comprimidos.

Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, esse medicamento tem uma eficiência menor ainda e um risco maior ainda no caso da Covid-19, embora recomende — sem ênfase — para o combate à gripe.

AÇÕES

Ainda de acordo com secretário especial de Saúde Indígena, Robson da Silva, foram contratados 339 profissionais pelo programa Mais Médicos para distritos indígenas. Ele informou que entre os indígenas atendidos pelo Bolsa Família (287.587), 81% estão sendo acompanhados (233.187).

De acordo com a secretaria especial, foram registrados 4.452 casos confirmados de covid-19 até o momento e 247 mortes.

Questionado sobre a mortalidade maior entre indígenas, o secretário respondeu: “há taxa de incidência maior dependendo da região e da semana epidemiológica”. Mas ele disse que não há descontrole da situação dos povos indígenas frente à pandemia.

No dia 8 de julho, o ministro Luis Roberto Barroso deferiu liminar a partir de pedido da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) determinando ações mais efetivas pelo governo federal, como a instituição de barreiras sanitárias, criação de um grupo especial para acompanhar as medidas e o atendimento no sistema de saúde indígena daqueles representantes que não são aldeados, mas moram em outras regiões.

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