Série de artigos expõe as facetas do ex-senador Romero Jucá desde a década de 1980 (Foto: Divulgação)

Que ninguém mais diga que não conhece a fundo quem é o ex-senador Romero Jucá, de sua origem na política aos seus atos desde que foi enviado para Roraima, na década de 1980, com a missão de executar o mirabolante  plano de entregar tudo para grandes mineradoras, madeireiras e toda espécie de latifúndio, nem que para isso fossem exterminados todos os índios e sacrificado o povo da Amazônia.

A série de quatro artigos, publicada por esta coluna nesses últimos dias, faz uma radiografia de um dos políticos mais influentes da Nova República, poder este concedido pelo voto do povo de Roraima. Nunca a face de um político que caiu de paraquedas por aqui ficou tão às claras em forma de textos. São eles:

Jucá posa de ‘bad boy’ e quer dar lição de moral; mas quem é ele mesmo?

Fantasiado de senador, Jucá está tomado por desespero ou em decrepitude  

A sede insaciável de Jucá e o seu império econômico com o laranjal

Filhote da ditadura, Romero Jucá tem costas largas historicamente e desafia a Justiça

O que chama atenção é que toda essa influência e poder político absoluto de alto clero, ao longo de todos os governos, em Brasília, não foi transformado em solução para os principais problemas do Estado de Roraima. Pelo contrário, todos os grandes projetos e planos foram travados por interesses muitas vezes nem tão escusos assim.

Como líder de todos os governos no Senado (FHC, Lula, Dilma e Temer), Jucá não transformou esse extraordinário poder em um projeto político para desenvolver Roraima. Significa que o ex-senador Jucá tem uma dívida impagável com a população local e com as gerações futuras desse Estado.

Tudo o que Jucá fizer daqui para frente jamais pagará o que Roraima proporcionou a ele nessas últimas três décadas na política, principalmente um poder econômico que daria para ele se aposentar. Mas ele tem muita sede de poder.

Não se pode subestimar Jucá. O único livro que desvendou as primeiras facetas desse pernambucano surgido das estranhas do coronelato nordestino, “A Barriga Morreu!”, já alertava quem era ele. Vejamos:

“Sangue de barata talvez seja o apelido mais adequado [para Romero Jucá]. Define o sangue frio com que enfrenta as situações mais embaraçosas e a calma cínica com que responde às acusações mais ferozes. Há algum tempo, durante um colóquio com ele, tive dificuldades em acreditar que, na minha frente, estava o famigerado ‘caçador de escalpos’: seu trato cortês e sua argumentação racional plena de bom-senso induzem à tentação de concordar com ele…”

Então, é bom não subestimá-lo, pois ele está louco para voltar ao poder. Ele é capaz de qualquer coisa por isso.

*Colunista

 

 

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