General Mourão é o presidente do Conselho da amazônia legal criado em 2020. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quarta-feira (19) que convidará o ator e produtor norte-americano Leonardo DiCaprio a conhecer “como funcionam as coisas na Amazônia.

Na última sexta-feira (14), DiCaprio publicou uma notícia divulgada pelo veículo inglês The Guardian sobre o aumento do desmatamento na Amazônia no Instagram e fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Disse que o chefe do Executivo duvidou dos dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e da gravidade dos incêndios da região. Também manifestou preocupação crescente de que o desmatamento em andamento não esteja recebendo atenção suficiente”.

A Amazônia não é uma coisa única. Existem 22 tipos de floresta diferente aqui dentro, não é uma floresta única. E muito menos é uma planície”, disse Mourão durante o encontro da CNI (Confederação Nacional da Indústria) sobre desenvolvimento sustentável na Amazônia.

Eu gostaria de convidar o nosso mais recente crítico, o nosso ator Leonardo DiCaprio, para ir comigo aqui a São Gabriel da Cachoeira e nós fazermos uma marcha de 8 horas pela selva, entre o aeroporto de São Gabriel e a estrada de Cucuí. E ele vai aprender, em cada socavão que ele tiver que passar, que a Amazônia não é uma planície e aí entenderá melhor como funcionam as coisas nesta imensa região”, completou o vice-presidente, que também comanda o Conselho Nacional da Amazônia Legal.

Mourão afirmou ainda que há desinformação sobre a Amazônia e as queimadas. Para o vice-presidente, a floresta não está queimando”.

Uma primeira coisa que tem que ficar clara: onde ocorre queimada na Amazônia é naquela área humanizada, a floresta não está queimando. E no entanto a imagem que é passada para o resto do Brasil e para comunidade internacional é que tem fogo na floresta. E não adianta você mostrar mapa da Nasa, mostrar o mapa do Inpe, que a turma não aceita o dado”, afirmou.

O vice-presidente voltou a dizer que o Brasil sofre pressão da comunidade internacional na área ambiental e afirmou que o país será cobrado por resultados concretos de preservação, proteção e desenvolvimento sustentável.

“Seremos julgados por nossos resultados e não por nossas intenções. E essa é minha maior angústia: o tempo. Temos que apresentar resultado”, disse.

DESMATAMENTO

Em 8 de agosto, o Inpe divulgou dados que apontaram aumento de 34,5% dos alertas de desmatamento na Amazônia em um ano.

O instituto também informou que em julho de 2020, foram 1.654,32 km² de área florestal degradada. O número representa uma queda em relação ao mesmo mês de 2019, quando a área desmatada foi de 2.255,33 km². No entanto, embora o número tenha diminuído, foi o segundo pior julho da série histórica.

Para Mourão, o número representa uma “tendência de inversão”.

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