Arthur Henrique e a prefeita Teresa Surita: um candidato para ser chamado de seu (Foto: Divulgação)

O vice-prefeito Arthur Henrique (PSD), candidato da prefeita Teresa Surita e do seu mentor e mestre, o ex-senador Romero Jucá (ambos do MDB), parece um bom moço, se esforçando para tentar se parecer um político. Mas sua explicação, nas redes sociais, a respeito de sua declaração de bens entregue ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE),  revelou quem ele é realmente e qual sua missão sendo o garoto do grupo de Jucá.

Conforme ele mesmo se explicou, para justificar não ter nenhum bem em seu nome, Arthur é mesmo aquele rapaz que nunca perdeu a cara de bobão, que, mesmo casando, nunca saiu da casa dos pais, típico de brasileiro acomodado que se torna um garotão e não quer sair de sua zona de conforto, aproveitando o máximo a renda dos pais aposentados.

Foi isso mesmo que o candidato de Jucá alegou em suas explicações: que mora na casa dos pais, que o carro da família está no nome da digníssima esposa, que coisa e tal, e tal e coisa, e que por isso não tem nada em seu nome. Nunca saiu das asas dos pais e, mesmo casando, achou outras asas para ficar debaixo, no bem-bom.

Nos Estados Unidos, é uma ofensa à honra e à dignidade um jovem permanecer nas casas dos pais, por isso eles caem fora na primeira oportunidade, ainda na adolescência, quando entram para a universidade e até vão trabalhar como garçom para bancar os estudos. Arthur, mesmo morando na casa dos pais, com todo conforto e com uma esposa ajudando, sequer conseguiu terminar seu curso superior.

É o perfil ideal para Jucá ter um prefeito para chamar de seu, para gato e sapato, fazer tudo o que o mestre mandar. Afinal, foi assim com o pai de Arthur, que também serviu por longos anos a Teresa e Jucá, até a Justiça tornou seus bens indisponíveis, no valor de quase R$5 milhões,  para cobrir um rombo deixado pelo pagamento por serviço de limpeza urbana não realizado durante três anos seguidos.

Então, seria um bobão só na aparência?

Mas a verdade dos fatos sugere que não é bem assim como tentou se explicar o candidato que faz tudo o que o mestre mandar. Só o salário de vice-prefeito, cargo que ele ocupa há quase oito anos, é de R$17 mil por mês! Isso fora o cargo anterior de secretário e o que ele acumulou quando assumiu como vice de Teresa do Jucá.

Quando ele foi candidato a vice de Teresa, Arthur Henrique declarou ter um patrimônio de quase R$105 mil. Oito anos depois, ele declarou não ter mais nenhum bem, mesmo com uma das fontes de renda no valor de R$17 mil. Teria ele se desfeito do que tinha para fazer mais pé-de-meia com a grana que passou a receber como vice-prefeito e secretário extraordinário?

Ou ter bens em nome de terceiros (é laranja que se chama?!) é uma exigência indubitável para fazer parte do grupo de Teresa e Jucá? Se for  isso, Arthur já está fazendo o que o mestre manda há muito tempo, e essa candidatura então seria apenas mais uma etapa do garotão que nunca saiu de casa e que sabe muito bem receber ordens?

A propósito, está em nome de quem aquela casa que está sendo construída perto da nova orla no antigo Beiral? Arthur parece ser o fiscal daquela obra particular. Ou seria a sequência do projeto político de ter tudo, mas no nome de terceiros, assim como faz muito bem o mestre?

Enquanto Teresa do Jucá visita quase diariamente a construção da nova orla, que é o seu grande projeto político e orgasmo mental (motivo de comentários diários na sua bolha virtual, o Twitter), o candidato dela visita a obra particular ali perto. É mais um caso a ser analisado e que precisa de explicação por parte do candidato de Teresa e Jucá.

É bom o eleitor ficar de olhos bem abertos com o garotão de Teresa do Jucá…

*Colunista

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