Foto: Leonardo Sá/Agência Senado

Os servidores públicos estão sendo as principais vítimas na guerra política protagonizada pela prefeita Teresa Surita (MDB) e o governador Antonio Denarium (sem partido), antes e durante esta campanha eleitoral. É de conhecimento público e notório que políticos não gostam de servidores concursados, por isso fazem de tudo para prejudicá-los na garantia de seus direitos e no desempenho de suas funções.

Historicamente, Teresa odeia servidores, a ponto de só manter na linha de frente de sua assessoria apenas funcionários comissionados, os quais são alvos fáceis de pressões de toda ordem, especialmente durante período eleitoral, quando eles são obrigados não apenas a pedir votos como ir bandeirar nos semáforos e fazer arrastões nos bairros periféricos.

Denarium, um novato na política partidária e que se elegeu com a promessa de fazer tudo diferente, não tardou a utilizar os servidores comissionados como massa de manobra, assim como faz Teresa, os obrigando a participar de reuniões e até mesmo de ações como cadastro de pessoas para receber básicas a uma semana da eleição. Não escapou ninguém, especialmente Educação, Setrabes e até a Segurança Pública.

Enquanto isso, direitos legalmente garantidos aos concursados e benefícios legais aos comissionados são negados por Teresa e Denarium. A questão da divisão do Fundeb para os professores municipais foi apenas o caso mais flagrante que “estourou” durante a campanha eleitoral. No governo estadual, sequer os reajustes salariais constitucionalmente garantidos são pagos integralmente ao funcionalismo público.

A velha política tem no funcionalismo público o seu principal curral eleitoral, mantido na base da pressão, do açoite e da chibata. Quem não se submete acaba tendo o olho da rua como a principal serventia dessas administrações, como tem ocorrido tanto na Prefeitura de Boa Visa quanto no Governo do Estado. O Diário Oficial do Estado e do Município estão cheios de gente sendo exonerada e outros sendo nomeados. É um festival de irregularidades que passa ao largo dos órgãos fiscalizadores.

Nem os idosos são poupados, os quais representam a parte mais frágil diante desse momento perigoso da pandemia do coronavírus. Nas redes sociais, este servidores são vistos em reuniões políticas ou abraçados com os seus candidatos como forma de documentar sua arregimentação na permanência de seus cargos comissionados ou recondução no próximo ano, quando for baixado o decretão de exoneração a cada fim de ano.

É um festival de ilegalidade que inundam as redes sociais e os grupos de WhatsApp, por meio dos quais os servidores são monitorados por olheiros pagos com o dinheiro público a fim de vigiar o passo desses servidores e de seus familiares. Uma grande patifaria eleitoral, a qual os servidores são submetidos a fim de garantirem seus cargos comissionados ou por indicações políticas.

O bom disso tudo é que o servidor público é dono de seu voto.  Ninguém vai saber em quem a pessoa vai votar, a não ser que ela própria revele. Submete-se quem quer ou quem se deixa enganar, porque a hora do troco é agora.

Teresa e Denarium não gostam nem espeitam servidores, e seus pretensos sucessores só irão reproduzir o que aí está em termos de desprestígio e perseguição ao funcionalismo. Teresa persegue o funcionalismo há 20 anos. Denarium mal chegou, mas já provou quem ele realmente é, junto com seus parentes e aderentes que usam a massa de servidores comissionados com bem entendem.

*Colunista

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