Um documentário produzido pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR) denuncia o garimpo ilegal na Terra Indígena Raposa do Sol, região Norte do estado [veja no vídeo abaixo]. Dados reunidos pelo Conselho apontam a presença de ao menos 2 mil garimpeiros na reserva que buscam ouro, diamante e outros minérios.
A produção ‘Garimpo ilegal na Terra Indígena Raposa Serra do Sol’ foi publicada nas redes sociais da instituição na última segunda-feira (23). O vídeo com pouco mais de 12 minutos de duração traz relatos de lideranças indígenas sobre a degradação do meio ambiente, casos de violência e propagação de doenças na reserva que abriga povos de cinco etnias.
O material, produzido e gravado neste ano, é uma iniciativa do departamento jurídico do Conselho Indígena de Roraima, que acompanha, junto aos órgãos de fiscalização e Polícia Federal, as denúncias sobre as violências causadas contra as comunidades indígenas em decorrência do garimpo ilegal.
Ao Roraima 1, a assessoria jurídica do CIR informou que a denúncia reproduzida no documentário será encaminhada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA). Segundo o jurídico, ainda é aguardado o julgamento de uma ação sobre as violações contra os povos indígenas da Raposa Serra do Sol.
A assessoria jurídica do CIR também destacou que um relatório final feito a partir do documentário será enviado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério da Justiça e Segurança Pública e ao Exército Brasileiro.
“Para que adotem as providências para retirar todos os garimpeiros e para que seja combatido o garimpo ilegal na Raposa Serra do Sol”, destacou o setor.
A Terra Indígena Raposa Serra do Sol possui uma área contínua com mais de 1,7 milhão de hectares. Ao menos 22 mil indígenas das etnias Macuxi, Wapichana, Ingarikó, Patamona e Taurepang vivem na região.
