Imagens foram projetadas na noite dessa quinta-feira (3) - Foto: Cleia Viana/Agência Senado

O Congresso Nacional recebeu nessa quinta-feira (3) projeções contra o garimpo ilegal e em defesa das terras indígenas. A iniciativa é do Fórum de Lideranças Yanomami e Ye’kwana, idealizador da campanha #ForaGarimpoForaCovid.

O grupo já havia entregada uma petição a deputados pedindo a retirada dos garimpeiros da terra Yanomami localizada nos estados de Roraima e Amazonas. O documento tem mais de 439 mil assinaturas.

Foram projetadas as frases “A floresta é nossa casa”, “Amar a Terra – floresta”, “Lutar para ter a floresta protegida” , “Juntos: povo da floresta e povo da cidade”, “#Fora COVID”, “#vidasindígenasimportam” e “Yanomami, o povo que segura o céu”. Os desenhos, de Joseca Yanomami, são representações estilizadas de árvores, plantas e animais da floresta, além de figuras de indígenas.

A campanha #ForaGarimpoForaCovid  foi lançada em junho deste ano para exigir a retirada imediata dos garimpeiros invasores da área indígena em meio à pandemia de covid-19. Hoje, sem a devida resposta das autoridades, os garimpeiros se consolidaram como um dos principais vetores de transmissão do novo coronavírus nas comunidades.

“A Hutukara vem fazer um apelo, um alerta, a toda a sociedade brasileira para o risco de genocídio do povo indígena yanomami. O nosso objetivo é dar visibilidade nacional a esse pedido que o povo indígena faz ao Congresso, ao Judiciário e ao Executivo, para que sejam adotadas providências visando à retirada dos garimpeiros ilegais que estão na Terra Indígena Yanomami”, afirmou a deputada Joênia Wapichana (Rede-RR).

Para a deputada, é preciso mobilizar a sociedade para mostrar o risco que esse tipo de atividade ilegal traz para a vida dos povos indígenas de Roraima.

“Garimpo hoje em terra indígena é inconstitucional. É ilegal. Deve ser feita a retirada dessas invasões, que levam não só a pandemia de covid-19, como também geram impactos sérios no meio ambiente, com a poluição de mercúrio dos rios e lagos na região, e na saúde dos povos que habitam as terras yanomami”, ressaltou.

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