Davi Kopenawa Yanomami. Foto: Exame

Um dos principais líderes do povo Ianomâmi, Davi Kopenawa, foi eleito, no início de dezembro, membro colaborador da ABC (Academia Brasileira de Ciências). Kopenawa toma posse no dia 1º de janeiro.

A ABC, fundada em 1916 e uma das mais tradicionais associações científicas do país, afirma reconhecer, para ingresso em seus quadros, os mais importantes pesquisadores brasileiros, que “podem ser considerados os representates mais legítimos da comunidade científica nacional”.

O foco da academia, com seus mais de 900 membros, é o desenvolvimento científico do Brasil.

O líder indígena foi um dos que alertou, inicialmente, sobre o risco da Covid-19 para as populações tradicionais. Além disso, tem sido uma voz constante na questão da violência contra indígenas. Também fala sobre a presença prejudicial de garimpos na Terra Ianomami e a necessidade de bani-los da área.

Kopenawa, no fim de 2019, foi agraciado, junto com a Associação Hutukara Yanomami, com o Prêmio Right Livelihood, apelidado de “Nobel alternativo”, destinado a honrar e auxiliar aqueles que oferecem respostas práticas e exemplares para os desafios mais urgentes enfrentados atualmente.

Na mesma premiação, também foi homenageada a ativista ambiental Greta Thunberg.  Ele  também é autor de “A Queda do Céu”, autobiografia do xamã, lançada pela Companhia das Letras.

A luta contra garimpo em terras indígenas acaba contrapondo o líder e o governo Jair Bolsonaro (sem partido). Os membros do governo, inclusive o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, constantemente defendem a ideia de liberação de operações de garimpo em áreas protegidas, como é o caso das terras indígenas.

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