População não está conseguindo atendimento nos postos de saúde (Foto: PMBV/Divulgação)

Estamos vivendo uma grande farsa dentro da qual quem paga a conta é o povo, o mesmo povo que costuma ter político de estimação. A questão da saúde pública representa esse grande teatro do horror protagonizado pelos políticos que, para pedir votos, ignoraram a doença, como se o coroavírus tivesse entrado de férias no período eleitoral.

Hoje, a sociedade paga o preço desse escancaramento, com os postos de saúde municipal sem estrutura para atender à população, que também não consegue mais vaga no Hospital Geral de Roraima (HGR), que já vinha colapsado há um certo tempo. A prefeita Teresa Surita (MDB), que caiu de cabeça na campanha para eleger seu “poste de estimação”, escancarou tudo, como se não houvesse o amanhã.

A campanha eleitoral decorreu sem o mínimo de cuidado com distanciamento social, uso adequado de  máscara e higienização das mãos. O povo aceitou tudo,  pois foi viciado a aceitar o vale-tudo da campanha eleitoral, onde inclusive o caráter fica à venda, assim como o voto historicamente tem um valor monetário.

A prefeita, a maior autoridade da Capital, contribuiu decisivamente para tudo isso, principalmente inaugurando praças e antecipando luzes de Natal, sem exigir os protocolos básicos de prevenção para as pessoas. Esnobou todas reclamações e deixou os postos de saúde largados ao descaso, com apenas nove unidades para atender toda a população.

A situação do atendimento primário só piorou depois que findou o período eleitoral, com as pessoas sem conseguir vagas ou mesmo sem medicamentos. Para piorar, o Hospital de Campanha foi desmobilizado, complicando ainda mais o atendimento à população, que não tem outra alternativa a não ser recorrer ao já lotado HGR.

Desde o início da pandemia a prefeita ignorou o atendimento básico, como se o Município não tivesse nenhuma responsabilidade diante da pandemia, quando, na verdade, o atendimento primário é essencial para evitar que as pessoas tenham seu quadro clínico piorado e corra o risco de parar na Unidade de Terapia Intensivo (UTI) do HGR.

Mas, sem adotar os protocolos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a população ficou à mercê da sorte, com as pessoas sendo mandadas embora para casa sem qualquer atendimento, quando o correto era o Município ter investido pesado na distribuição de remédios preventivamente a qualquer sinal da doença.

O surpreendente é que a população está pagando o preço de tudo isso e não levou nada em consideração na campanha eleitoral. Nenhum candidato foi cobrado por isso, muito menos a prefeita, que fez de seu “poste” o político mais votado de todos os tempos. E hoje está chegando mais uma “fatura” para o povo pagar, muitos com a própria vida.

Mas o povo quer assim…. E a prefeita está sambando na cara de todo mundo, com o único pensamento fixo de inaugurar seu novo bibelô político, a nova orla, onde milhões estão sendo torrados para o contribuinte passar anos pagando, enquanto os postos de saúde sequer têm médicos e remédios para fazer o básico…

*Colunista

 

 

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