UBS Olenka Macellaro - Foto: Semuc/PMBV

Uma mulher, de 30 anos, relatou à reportagem do Roraima 1, nesta quarta-feira (15), que fez o tratamento da Covid-19 ‘por contra própria’, devido à falta de atendimento médico em postos de saúde mantidos pela prefeitura de Boa Vista.

A ‘saga’ da recepcionista, que pediu para não ter o nome divulgado, começou ainda no dia 26 de novembro, quando apresentou os primeiros para a doença. Ela contou que o primeiro teste foi disponibilizado pela empresa onde ela trabalha, e o resultado do teste rápido deu não reagente.

Apesar do resultado, foi aconselhada pela profissional que saúde que realizou a testagem para fazer o exame do tipo RT-PCR, o mais preciso para o diagnóstico do coronavírus. Com auxílio da profissional, a mulher conseguiu realizar o teste no Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima (LACEN). Além disso, também colheu amostra para um segundo teste rápido.

A recepcionista contou que se manteve em isolamento até a divulgação dos novos resultados. Em 4 de dezembro, o resultado do RT-PCR saiu e confirmou positivo para o novo coronavírus.

Com o exame em mãos, a mulher buscou atendimento no posto de saúde do Jardim Caranã e foi surpreendida com a resposta de uma servidora da unidade: “O resultado já deu positivo, não tem mais o que fazer aqui. O médico não vai lhe atender”, contou a recepcionista.

Indignada com a falta de atendimento e sem orientação médica, a mulher tentou ajuda no posto de saúde Olenka, o que também não ocorreu.

“Desisti de ser consultada e ser medicada. Me mediquei sozinha, sem orientação médica, tomei a dose de ivermectina e fiquei em isolamento”, relatou a recepcionista.

Na última segunda-feira (14), a mulher buscou novamente postos de saúde da capital para fazer o reteste e confirmar se estava ou não com o vírus ativo. A recepcionista recebeu a informação que a rede pública não faz reteste.

“Recebi a informação de uma médica no posto de saúde do Cidade Satélite que depois de 15 a 21 dias já não tem perigo de contaminar. Eu estava buscando um respaldo para poder voltar a trabalhar”, contou a mulher.

Mais uma vez e com ajuda externa, a recepcionista conseguiu realizar o novo teste no LACEN e constatou que não estava mais com o vírus. Ela lamentou o descaso da saúde pública municipal.

A reportagem buscou um posicionamento da prefeitura de Boa Vista e aguarda resposta.

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