Senador Chico Rodrigues (União) Foto: ascom parlamentar

O Congresso Nacional vai entrar em recesso hoje sem solucionar o caso do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado no dia 14 de outubro com dinheiro na cueca. O parlamentar foi acusado de desviar recursos que seriam destinados para o combate da covid-19 em Roraima.

Na página oficial do Senado na internet consta que o parlamentar está “fora de exercício”. Sem o encaminhamento do caso, Chico Rodrigues terá o direito de reassumir o cargo em fevereiro do próximo ano e pedir uma segunda licença.

Após ser flagrado com as cédulas durante uma operação da Polícia Federal que apurava o paradeiro de R$ 20 milhões, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou o afastamento do senador em 15 de outubro.

Em seguida, o partido Cidadania e a Rede Sustentabilidade pediram a cassação do mandato ao Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar, do qual Chico Rodrigues, vice-líder do governo no Senado, era membro. Em 20 de novembro, Chico Rodrigues pediu 121 dias de licença do mandato como estratégia para sair de foco após a operação.

O presidente do Conselho de Ética, senador Jaime Campos (DEM-MT) enviou uma representação para a advocacia do Senado, para que um parecer jurídico fosse elaborado sobre o pedido de abertura de processo, mas até o momento a resposta não foi encaminhada.

Em entrevista ao Jornal Hoje, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) disse que a falta de andamento seria uma tentativa de fazer o caso cair em esquecimento. “A omissão é um constrangimento. A acusação é muito grave. A casa não deu uma resposta para a sociedade. Pedir licença do mandato não exime o Conselho de Ética do Senado Federal de tomar providências”.

Em nota ao telejornal, a assessoria de Chico Rodrigues afirmou que as investigações irão provar que o parlamentar não cometeu qualquer irregularidade durante o exercício das suas funções.

Questionado sobre o caso, o presidente do Conselho de Ética, senador Jaime Campos (DEM-MT), disse que aguarda o parecer da advocacia do Senado, alegando que a mesa diretora não se reuniu devido à pandemia do coronavírus.

Filho seria o suplente de Chico Rodrigues

O filho do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), Pedro Arthur, era o cotado para assumir o lugar do pai, já que ocupa o posto de primeiro suplente. Até o momento, Pedro Arthur não foi convocado pela Secretaria-Geral da Mesa nem pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para tomar posse e não há previsão de quando ele deve assumir a vaga.

Além de ser integrante do Conselho de Ética, Chico Rodrigues estava entre os parlamentares que compõem a comissão mista feita para acompanhar a situação fiscal e a execução de medidas ligadas ao novo coronavírus.

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