Foto: reprodução

Depois que a então prefeita Teresa Surita (MDB) escancarou tudo em sua administração nos últimos meses do ano, o novo prefeito Arthur Henrique (MDB) decidiu tomar uma medida mais austera na tentativa de conter o avanço do coronvírus, limitando horário de funcionamento do comércio e a presença de pessoas em espaços públicos à noite.

Em decreto assinado ontem, que altera o Plano de Retomada da Economia de Forma Gradual, o prefeito determinou que o comércio feche as portas às 22h, além de funcionar com apenas 30% de sua capacidade, e também os espaços públicos coletivos. Significa um “toque de recolher” para a população a partir das 22h.

Era isso o que deveria ter sido feito desde o princípio, mas Teresa decidiu arriscar a vida da população promovendo aglomerações em suas festas políticas promovidas por meio de inauguração de reformas de praças públicas antes, durante e depois das eleições do ano passado. O povo  chegou até foi incentivado a sair de casa com as luzes de Natal ligadas antecipadamente.

Diante desse novo quadro que se apresentou com a situação no Amazonas, é preciso que a população acorde desse transe político em que ele foi incentivado a entrar, perdendo o medo da doença e desobedecendo as regras mais básicas de prevenção à pandemia. A chegada da vacina ainda não será suficiente para conter o avanço da doença.

O momento requer lucidez, uma vez que temos no Governo Federal um presidente negacionista, que de todas as formas tenta minimizar os perigos da doença e desacreditar na eficácia da vacina, além de não perder a oportunidade de ironizar a situação em que pessoas morrem todos os dias de Covid-19.

Até aqui, os pequenos e grandes empresários foram os únicos que mantiveram a guarda para cobrar uso de máscara e higienização das mãos dos clientes que entram em seus estabelecimentos, enquanto a Prefeitura de Boa Vista fez o inverso, lavando suas mãos até na fiscalização nas praças liberadas para farras e aglomerações.

Que as autoridades municipais agora assumam suas responsabilidades na fiscalização preventiva e não decidam punir primeiramente o comércio, antes de tomar outras decisões, como ocorreu na administração anterior.  E que a população dê sua parcela de contribuição, tomando consciência de que o perigo não passou e que o momento exige muito cuidado pessoal para evitar o pior.

*Colunista

 

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