Portão da casa da vítima foi arrombado com os tiros. Foto: Arquivo pessoal

A Polícia Civil de Roraima informou nesta sexta-feira (22), em nota enviada pelo governo, que identificou e vai intimar os suspeitos de ameaçar, via internet, a jornalista Daniella Assunção, de 49 anos, que teve a casa alvejada em dezembro do ano passado.

A jornalista denunciou no 3º Distrito Policial as ameaças que sofreu, por mensagens nas redes sociais, antes de ter a casa alvejada por tiros de espingarda, na madrugada no dia 12 de dezembro, no bairro Caranã, zona Oeste da cidade.

A Polícia Civil comunicou, por meio da assessoria do governo de Roraima, que foi instaurado um Inquérito Policial para investigar o atentado contra a jornalista e que os trabalhos são presididos pela delegada Simone Arruda.

Durante a investigação, foi elaborado o retrato falado de um possível suspeito pelo atentado, mas até o momento não foi identificado o autor do crime.

“Quanto às pessoas apresentadas pela vítima, como suspeitas de ameaças via Facebook, a Polícia Civil já as identificou e qualificou e estarão sendo intimadas a depor ainda neste mês, conforme pauta cartorária”, disse a Civil em nota enviada pelo governo.

Nesta sexta-feira, Daniella contou à reportagem do Roraima 1 que não possui informações sobre o andamento das investigações. Disse ainda que nem mesmo consegue ser atendida no 3º DP, onde registrou o caso.

“A Polícia Civil informa ainda que as investigações estão fluindo, mas que até momento não foram identificados formalmente os autores do crime”, disse a nota.

O atentado
A casa da jornalista foi alvejada com tiros de espingarda na madrugada do dia 12 de dezembro, em Boa Vista. O ataque ocorreu por volta de 1h20, no bairro Caranã, zona Oeste da cidade. Ninguém se feriu.

De acordo com informações da jornalista, o segurança que fazia ronda pelo bairro avistou uma caminhonete modelo L-200, na cor preta, em atitude suspeita. Daniella informou que as imagens do veículo suspeito foram repassadas à Polícia Civil.

No local do atentado, a Polícia Militar encontrou três estojos de espingardas deflagrados, possivelmente calibre 12. O portão da casa da vítima foi arrombado com os tiros.

Para a jornalista, que noticia denúncias envolvendo políticos, o tiroteio foi um atentado ‘para aterrorizar’. Ela destacou que recentemente um assessor político teria filmado a casa onde ela mora.

No momento do atentado, Daniella estava com a filha, de 7 anos, que ficou assustada com o tiroteio. “A minha filha chorava e dizia: – ‘mamãe, eu não quero morrer’”, disse a jornalista.

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