Foto: Divulgação

A taxa de abandono escolar cresceu no Brasil em um ano em que a pandemia forçou as escolas a aderirem a aulas remotas. É o que indica um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Em Roraima, cerca de 15% dos alunos entre 6 e 17 anos abandonaram a escola durante o período, a maior taxa do país entre todos os estados O estudo foi divulgado no fim de janeiro.

O índice registrado em Roraima, é quase quatro vezes acima da média nacional, que foi de 3,8%. Com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, de 2018, cerca de 17 mil estudantes deixaram de frequentar as aulas no período.

Além de Roraima, Amapá e Acre também registraram abandono superior a 10% no último ano. Já a maioria dos estados brasileiros manteve a taxa dentro da média nacional. Na outra ponta, Minas Gerais e Sergipe registraram a menor taxa na faixa-etária pesquisada – ambos estados com pouco mais de 2% dos estudantes fora do ambiente escolar.

De acordo com o estudo, o acesso limitado à internet, especialmente no Norte e no Nordeste do Brasil, favoreceu o alto índice de Roraima no período, além dos impactos econômicos causados pela pandemia. Negros e indígenas deixaram de assistir às aulas mais do brancos e amarelos. Apesar disso, de maneira geral, a frequência às atividades escolares teve evolução nos últimos meses do ano.

ATRASO

Além dos estudantes que abandonaram a Educação Básica, o estudo mostra que outros 4,12 milhões de crianças e adolescentes (11,2%), apesar de matriculados, não receberam nenhuma atividade escolar durante o ensino remoto no ano passado. Somando estes dois grupos, estima-se que mais de 5,5 milhões de alunos ficaram, de alguma forma, sem acesso à educação em 2020.

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