Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), acusado de desviar recursos que seriam destinados para o combate da covid-19 em Roraima, prepara o retorno ao Senado. A licença de 121 dias, pedida em 20 de outubro, vence na próxima quarta-feira (17) e o parlamentar já avisou que vai retomar o mandato no dia seguinte.

Com o retorno, Rodrigues voltará a receber a remuneração de 33.763 reais e a ter direito às benesses oferecidas pelo Senado, como a cota parlamentar, no valor de 15 mil reais, e os repasses destinados ao custeio do transporte aéreo. A volta ocorre em um contexto favorável ao senador. O funcionamento do Conselho de Ética segue suspenso em razão da pandemia de coronavírus e, com isso, a representação movida contra ele está parada.

Após ser flagrado com as cédulas durante uma operação da Polícia Federal que apurava o paradeiro de R$ 20 milhões, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o afastamento do senador em 15 de outubro.

Em seguida, o partido Cidadania e a Rede Sustentabilidade pediram a cassação do mandato ao Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar, do qual Chico Rodrigues, vice-líder do governo no Senado, era membro. Em 20 de novembro, Chico Rodrigues pediu 121 dias de licença do mandato como estratégia para sair de foco após a operação.

O presidente do Conselho de Ética, senador Jaime Campos (DEM-MT) enviou uma representação para a advocacia do Senado, para que um parecer jurídico fosse elaborado sobre o pedido de abertura de processo, mas até o momento a resposta não foi encaminhada.

OPERAÇÃO DESVID-19

No dia 14 de outubro, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagrou uma operação que investiga desvios de recursos direcionados para o combate ao coronavírus. Um dos alvos da operação era Chico Rodrigues. Os mandados foram ordenados pelo Supremo Tribunal Federal. A CGU estimou que os desvios chegaram a R$ 20 milhões.

Quando da operação, a Polícia Federal chegou a pedir a prisão preventiva de Chico Rodrigues, mas o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, negou. Ele determinou somente o afastamento do parlamentar, por 90 dias. Pressionado, porém, por colegas do Senado, o político de Roraima resolveu pedir suspensão das funções por 121 dias.

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