Senador Chico Rodrigues. Foto: reprodução

Depois de um escândalo que entrou para o anais da história política de Roraima, Chico Rodrigues (DEM) encaminhou carta aos Senadores da República nesta quinta-feira (18) informando que reassumirá o mandato de Senador, onde, por hora, fora substituído pelo próprio filho, seu primeiro suplente, enquanto o democrata se recuperava do abalo psicológico que diz ter sofrido em decorrência da operação da Polícia Federal que o flagou com milhares de reais na cueca.

Na carta-desculpa, Chico Rodrigues tenta sensibilizar os demais parlamentares para que ali, no seio dos seus, encontre apoio e respaldo para continuar exercendo o mandato. Sabemos que uma Casa acolhedora como aquela jamais rejeitará o filho que esteve em apuros para guardar, com tanto afinco, o dinheiro que ele diz ser para o pagamento de funcionários. Porém, o discurso ainda não o isenta de responder criminal e administrativamente pelo ato. A Polícia Fedeal continua a investigar a natureza dos recursos. O Senado também tem o dever ético de investigar a conduta do parlamentar. O país acompanhou e aguarda uma resposta. O que sabe-se até então é que o senador é suspeito de integrar um esquema criminoso de desvio de recursos públicos para o combate à pandemia em Roraima.

Se valendo até do nome de Deus em sua carta, Chico diz ainda que reconhece que poderia ter um comportamento de equilíbrio mais adequado, e pede desculpas. Talvez sensibilize os colegas, mas Chico conta, sobretudo, com a memória curta do eleitor roraimense, para que possa dar prosseguimento ao mandato e, até quem sabe, planejar novos voos na política estadual. Só falta combinar com o eleitor.

*colunista

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