Amy Adams interpreta Anna Fox em 'A Mulher na Janela' (Foto: Netflix)

Após o lançamento do filme A Mulher na Janela, disponível na plataforma de streaming Netflix, o termo “Agorafobia” tem entrado em evidência, isso porque é um tipo de ansiedade que a protagonista Anna Fox, interpretada por Amy Adams, precisa superar para conseguir sobreviver.

Analisando o filme, o PhD, neurocientista e neuropsicólogo Fabiano de Abreu Rodrigues traça um paralelo com a vida real.

“Agorafobia é um tipo de ansiedade comum inclusive, mas que seu facilitador está na ocorrência de alguns episódios de ataques de pânico. Um indivíduo que apresenta tal distúrbio, tende a ficar dentro de casa, pois tem medo de sair já que em sua mentalidade é perigoso, mesmo não sendo”, explicou Fabiano.

O filme, ainda segundo o PhD, apresenta de forma interessante o medo e a reclusão resultados de um trauma relacionado à perda. A reclusão, nesse sentido, se dá ao medo de estar em lugares ou situações que possam desencadear ataques de pânico ou constrangimentos.

Entre os sintomas do agorafobia, o neurocientista pontua os medos de:

  • Multidão;
  • Enfrentar filas;
  • Lugares fechados;
  • Transportes públicos;
  • Espaços abertos;
  • Solidão.

Diagnóstico e tratamento

A agorafobia é uma doença crônica que pode durar anos ou por toda a vida. Entre 30% a 50% das pessoas que apresentam esse tipo de transtorno também sofrem de síndrome do pânico e a doença afeta mais mulheres que homens, sendo de 2 para 1, neste caso.

A maioria dos casos surgem antes dos 35 anos de idade e o diagnóstico é feito por um período de 6 meses ou mais. Durante esse tempo, o médico ou psicólogo acompanha o paciente, avaliando o nível do medo e da ansiedade, se não diminuir, inicia-se os tratamentos.

O processo é desafiador, pois é realizado por meio de terapia de exposição, no qual o indivíduo é auxiliado a pensar, aprender novas habilidades e se comportar de outra maneira diante de situações que originam o medo. Também faz parte a terapia cognitivo-comportamental podendo ser necessário o uso de antidepressivos inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs).

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