Foto: ACNUR

A venezuelana Maria Fabíola Zapáta foi a primeira indígena migrante refugiada a receber a vacina contra a COVID-19, neste sábado (19), às 8h, no Núcleo de Saúde da Acolhida (NSA), no bairro 13 de Setembro, em Boa Vista. 

Líder (Aidamo) da etnia warao, ela integra um dos grupos de 754 índios residentes nos quatro abrigos indígenas localizados em Boa Vista que receberão a primeira dose da vacina: Jardim Floresta, Pintolândia, Tancredo Neves e Nova Canaã. Os primeiros imunizados são do abrigo Jardim Floresta, que possui 462 abrigados. 

A vacinação dos indígenas venezuelanos é uma cooperação da Operação Acolhida junto a Procuradoria da República em Roraima, Ministério Público do Estado de Roraima e Secretaria Estadual de Saúde para a imunização de vulneráveis. A iniciativa segue o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde que tem como objetivo principal a proteção dos desassistidos e de pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença.

Dentre os abrigados pela Operação Acolhida, estão indígenas das etnias Warao, Eñepá e Pemon e, neste primeiro momento, a quantidade de vacinas disponibilizadas pela Secretaria Estadual de Saúde de Roraima (SESAU/RR) é suficiente para imunizar 100% dos indígenas migrantes e refugiados de Boa Vista. “É uma demonstração de cuidado com os brasileiros e de todos aqueles que vivem em nosso país”, afirma o Secretário de Estado da Saúde, Airton Antonio Soligo.

No total, a Operação Acolhida recebe 903 indígenas, maiores de 18 anos, que estão aptos a receberem a vacina. Posteriormente, assim que novas doses chegarem, serão contemplados os indígenas do abrigo Janokoida, em Pacaraima, e os assistidos em Manaus, hospedados nos abrigos mantidos pela Secretaria da Mulher, Assistência Social e Cidadania (SEMASC).

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