Frame: Reprodução do filme "A Última Floresta" de Luiz Bolognesi.

“A Última Floresta”, único longa brasileiro na competição oficial da 71ª edição do Festival Internacional de Berlim ganhou o prêmio do público da mostra Panorama no domingo (20). Ele se passa na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, e fala a respeito do garimpo na região sob interpretação dos indígenas.

O filme é dirigido por Luiz Bolognesi e conta com roteiro coassinado pela liderança indígena roraimense Davi Kopenawa. O longa mistura documentário com ficção, com encenações interpretadas pelos próprios indígenas. A Última Floresta” deverá entrar em cartaz no Brasil no segundo semestre de 2021.

O Festival de Berlim aconteceu este ano em versão híbrida, com uma parte online e outra presencial em junho. Os vencedores do prêmio de público dos filmes em competição pelo Urso de Ouro são: “Mr. Bachmann and his Class” (Alemanha), de Maria Speth, “I’m Your Man” (Alemanha), de Maria Schrader, e “Ballad of a White Cow” (Irã/França), de Behtash Sanaeeha e Maryam Moghaddam.

DAVI KOPENAWA

A leitura do livro “A queda do céu”, de autoria de Davi Kopenawa, num diálogo com o antropólogo francês Bruce Albert, publicado no Brasil pela Cia das Letras em 2015, foi definitivo para a decisão de Luiz Bolognesi convidar o xamã yanomami para juntos fazerem o longa-metragem “A Última Floresta”.

“Na minha opinião, além de tudo, como valor literário, esse é o grande livro que eu li no século 21. No século XX, o livro que mais me impressionou foi o Grande Sertão Veredas (de Guimarães Rosa, 1956); para mim ‘A Queda do Céu’ é o ‘Grande Sertão’ do século 21”, avalia o diretor.

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