Foto: Reprodução

O curta-metragem “Céu de Agosto”, da diretora brasileira Jasmin Tenucci, recebeu neste sábado a Menção Especial do Festival de Cinema de Cannes.

O filme “é uma reflexão sobre o que significa ser brasileiro no momento” e “um questionamento sobre o futuro”, disse dias atrás à AFP a diretora, que concorria à Palma de Ouro da categoria com outra produção brasileira, “Sideral”, de Carlos Segundo.

Jasmin conta a história de uma jovem grávida, preocupada com a saúde de seu bebê, no dia em que uma grande nuvem de fumaça escureceu a cidade de São Paulo, em agosto de 2019. Horas depois, soube-se que a fumaça era procedente dos incêndios que ardiam havia mais de uma semana na Amazônia.

A diretora, 35, contou que presenciou o acontecimento, sem precedentes: “Era uma imagem apocalíptica, ninguém sabia direito do que se tratava.” O curta, no entanto, não buscou ser uma denúncia contra o desmatamento na Amazônia. “Isso já é algo muito conhecido. É mais uma reflexão sobre como os brasileiros se sentem”, explicou.

A diretora faz parte do coletivo artístico Irrelevant Media, que conta com membros de países como Colômbia, México, Estados Unidos e Alemanha. Graças a ele, pôde financiar parte do filme, assinalou Jasmin, que ganhou uma bolsa de mestrado em direção na Universidade de Colúmbia, em Nova York. Atualmente, ela escreve uma série brasileira para a Netflix.

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