Foto: Arquivo/Victor Moriyama/ISA

A Fundação Nacional do Índio (Funai) investiu cerca de R$ 5 milhões em ações de fiscalização na Terra Indígena Yanomami em Roraima ao longo de 2021. Em todo o país foram R$34 milhões usados somente para a proteção de Terras Indígenas. As atividades são fundamentais para garantir a segurança das comunidades, prevenindo o contágio dessas populações pela covid-19, bem como para coibir ilícitos, tais como extração ilegal de madeira, atividade de garimpo e caça e pesca predatórias.

“A Funai apoiou e executou diversas ações de combate a ilícitos, como grilagem, desmatamento e garimpo ilegal na região. Quase R$ 2 milhões foram investidos em ações de fiscalização desde o início da pandemia nesta região. Outro avanço foi a entrega de quatro Bases de Proteção Etnoambiental (BAPEs), a um custo de R$ 3 milhões. Além disso, uma força-tarefa da Funai trabalha no diagnóstico da vulnerabilidade dos indígenas recém-contatados da etnia Yanomami para traçar novas ações”, informou a Funai.

Com foco na proteção dos indígenas, a Operação Yanomami combateu o garimpo ilegal e resultou na inutilização de 22 aeronaves, além da apreensão de outras 89 e fiscalização de 87 pistas de pouso clandestinas na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A ação, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), contou com o apoio da Funai

Durante o período, houve 38 prisões relacionadas a crimes ambientais, apreensão de quase 30 mil quilos de minério, 850 munições e nove embarcações. Além disso, foram inutilizados 89 mil litros de combustíveis, 10 balsas, 11 veículos, quatro tratores e 22 postos de combustíveis interditados.

A Operação também apoiou a extrusão de não indígenas e garimpeiros, além do restabelecimento de Bases de Proteção Etnoambiental. A ação foi realizada pela Funai, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Ibama, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência nacional de Telecomunicações (Anatel) e Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Outra operação de combate ao garimpo ilegal que contou com a participação da Funai foi deflagrada em julho, no município de Alto Alegre. A operação conjunta, denominada Curare XIV/Ágata, teve como objetivo desestruturar a logística que abastecia a atividade de garimpo na Terra Indígena, e resultou em duas detenções e na apreensão de mais de R$ 1 milhão em materiais relacionados à garimpagem ilegal na região.

Em junho, três operações de combate ao garimpo ilegal foram deflagradas na Terra Indígena Yanomami. A primeira foi uma ação que resultou na apreensão de mais de 3 mil litros de combustível na região. A segunda ação, intitulada Operação Omama, realizou incursões estratégicas em diversos garimpos, com apoio de aeronaves, equipamentos e tropas especiais, visando apreender e inutilizar maquinários, aeronaves, insumos e outros materiais utilizados na extração de ouro. Já a terceira ação do mês de junho resultou na apreensão de 100 galões de combustível escondidos às margens do rio Mucajaí. A apreensão somou 5 mil litros de combustível, além de alimentação e equipamentos destinados à atividade de garimpo ilegal na região.

A Funai apoia ainda diversas operações conjuntas de fiscalização e proteção territorial realizadas em parceria com órgãos ambientais e de segurança pública, entre eles, Polícia Federal, Força Nacional, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Forças Armadas.

 

 

 

 

 

 

 

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