Foto: Polícia Federal/Divulgação

O professor de anatomia Hélder Bindá Pimenta, que trabalha no laboratório da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), foi afastado da instituição, nesta terça-feira (22), após operação da Polícia Federal (PF) que investiga tráfico de órgãos. A corporação deflagrou, nesta terça-feira (22), dois mandatos de busca e apreensão: um na universidade e outro na casa do professor.

A PF acusa Bindá de ter enviado para Cingapura, na Ásia, três placentas e uma mão humana. O destinatário seria “um famoso designer indonésio que vende acessórios e peças de roupas utilizando materiais de origem humana”. O delegado responsável pelas investigações, Igor de Souza Barros, informou que o designer foi identificado como Arnold Putra. Após seu nome vir à tona, o indonésio restringiu o acesso ao seu perfil no Instagram.

“Verificamos que esse destinatário já tinha indícios de recebimento de materiais humanos não só do Brasil, mas de outros lugares para fazer artesanato, adornos e peças”, afirmou.

As apurações apontam que os órgãos foram enviados após passarem por plastinação, um procedimento para preservar materiais biológicos extraindo líquidos com processos químicos.

Bindá foi afastado após ordem da Justiça Federal em Manaus (AM). Em nota, a reitoria da UEA informou que “cumpriu a ordem judicial e determinou a abertura de sindicância para a apuração dos fatos e responsabilidades”.

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